sábado, 25 de dezembro de 2010

Splash-and-go: Feliz Natal e até 2011

O blog agradece a todos os visitantes que coloriram este espaço em 2010.

Daqui a alguns dias o Splash-and-go está de volta com o conteúdo que você já se acostumou a ver por aqui.

Um feliz Natal e um 2011 vibrante! Para fechar o ano, só ilustrando com o mico que alguns dos nossos pilotos preferidos têm de pagar por ganharem milhões de dólares por ano...

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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Vídeo da semana

Esse foi definitivamente o vídeo da semana... Kubica encontrando um telefone celular (!) esquecido dentro do seu cockpit!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

2010 - As cinco maiores decepções do ano

1 – Massa

Ao menos no Brasil, Felipe Massa chega perto da unanimidade quando o assunto é decepção. Talvez não tanto por ter sido derrotado por Alonso, mas sim pela margem que o espanhol colocou sobre o brasileiro. Foram 108 pontos de diferença, o que significa que o vice-campeão de 2010 marcou em média 5,6 pontos a mais que Massa por corrida. Cinco pontos é quase o que o sétimo lugar ganha ao fim de cada fim-de-semana. Pilotos como Kobayashi, Hulkenberg e Liuzzi tiveram como melhor colocação no ano um sexto lugar enquanto a melhor colocação de Buemi na Toro Rosso foi um oitavo no Canadá. Com a mesma máquina, Felipe teve uma diferença (negativa) constante para Alonso ao longo do ano.

A temporada de Massa se resume em sua ausência da foto acima

Não interessa aqui apontar as razões para essa performance fraca de Massa, um vice-campeão mundial de F1. O fato é que se esperava mais dele, muito mais. Por ter marcado apenas 57% dos pontos de Fernando Alonso durante o ano, Felipe Massa foi a maior decepção de 2010.

2 – Schumacher

No resto do mundo, a briga é ferrenha entre Schumacher e Massa como maiores decepções do ano. O heptacampeão ganha o benefício da dúvida no entanto por causa de seu hiato de três anos fora da categoria. Isso não impede que houvesse por parte dos fãs da F1 uma grande expectativa sobre a performance do alemão. A exemplo de Massa, ninguém esperava que Schumacher levasse um passeio de Rosberg. E foi um grande passeio. Nico marcou praticamente o dobro de pontos de Schumacher (50,7%) e raramente brigou com o veterano lado a lado na pista, pois largou na frente 13 vezes e se manteve lá, chegando a três pódios no ano. Sempre que foi promessa, Schumacher correspondeu às expectativas. Pela primeira vez Michael não deu conta do recado, mas na F1, como na vida, promessa é dívida. Embora a Mercedes faça mistério e Schumacher diga que os novos pneus vão ajudá-lo, a vida tende sempre a ser mais difícil não só para ele, mas para todo o restante do grid.

3 – Heidfeld

Como toda sua carreira, Heidfeld mais uma vez foi discreto como lhe é de costume. Voltou sem barulho, correu quatro corridas e voltou para o ostracismo. Talvez não seja de todo justo colocá-lo nesta lista, mas Quick Nick é o homem que bateu Kimi Raikkonen, Felipe Massa e Robert Kubica. Um currículo invejável na F1 atual. Embora passe despercebido, Heidfeld tem um séquito de seguidores, fãs e admiradores espalhados pelo mundo que torceram como nunca para que ele conquistasse a vaga de titular na Mercedes depois de duas tentativas frustradas de ingressar na McLaren. Quando foi anunciada a substituição de Pedro de la Rosa pelo alemão, muitos vibraram com a perspectiva de vê-lo digladiar-se com Kamui Kobayashi. Mas pura e simplesmente, Kamui bateu Heidfeld em três das quatro corridas, tanto em classificação quanto nas provas. Noves fora, um resultado que certamente foi o último prego no caixão do piloto alemão na F1.

4 – di Grassi

Colocar um piloto de uma das novas equipes nesta lista é temerário, mas ao se comparar a temporada de todos eles, é fácil perceber que Lucas di Grassi foi o piloto que menos conseguiu combater seu companheiro de equipe, principalmente na classificação. Perder para Glock desta forma diz mais sobre o brasileiro do que sobre Timo, que não é nenhum top de linha da categoria, embora tenha tido seus momentos. Por di Grassi não ser um nome “de grife” no Brasil, sua entrada na F1 foi pouco comentada, mas, ao mesmo tempo, sua condição de franco-atirador lhe dava menos pressão para trabalhar e tentar cavar seu lugar na F1. Ao fim de 2010, di Grassi foi chutado pela Virgin para a entrada do belga Jerome D’Ambrosio. Cereja no bolo.

5 – Liuzzi

Ao lado de Hulkenberg e Petrov, o italiano da Force India foi o único piloto a marcar menos da metade dos pontos de seu companheiro. A diferença é que Liuzzi é um piloto experiente, enquanto que Hulkenberg e Petrov estavam em suas temporadas de estreia. Além disso, o alemão, que figurou na lista do Splash-and-go dos melhores pilotos em carros não vencedores, teve uma temporada de ascensão, enquanto Liuzzi começou bem, mas acabou por cima do carro de Schumacher no GP de Abu Dhabi. Quando substituiu Fisichella em 2009, Liuzzi teve boas performances enquanto o enferrujado Luca Badoer e o próprio Fisichella, que correu pela Ferrari substituindo Massa, fizeram corridas para esquecer. Este ano era de se esperar que evoluísse e desse combate ao talentoso Sutil. O que se viu no entanto foi um banho do alemão, principalmente na classificação. O assento de Liuzzi em 2011 talvez estivesse melhor aproveitado por pilotos como o próprio Paul Di Resta, test driver da Force India, ou Bruno Senna, que parece estar cada vez mais próximo da porta de saída da F1.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Vídeo da semana

Massa tropeça a caminho do pódio no GP da Coreia. Um instantâneo que simboliza a temporada do brasileiro...

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

2010 - Os cinco melhores pilotos da temporada

1 - Alonso

O espanhol foi simplesmente destruidor em 2010. Quando Alonso assinou com a Ferrari, o Splash-and-go levantou alguns pontos sobre o futuro dele e de Felipe Massa de acordo com situações específicas no campeonato. Por um capricho do destino, nenhum dos desdobramentos se concretizou da forma como foi posto, mas o fato é que Felipe não ajudou em nada a Ferrari este ano antes do episódio de Hockenheim. Depois então, nem se fala. De todo modo, Alonso foi bastante paciente no início do ano com Massa, se mantendo atrás do brasileiro, sempre mais lento, em algumas corridas sem forçar a barra até o GP da China.

A partir daquele momento o espanhol deu o tom do resto da temporada em relação ao brasileiro, quando o ultrapassou na entrada dos boxes. Da Alemanha em diante, em nove corridas, Alonso fez a pole em duas, fez volta mais rápida em três, venceu quatro, conseguiu um segundo lugar, dois terceiros e o infame sétimo lugar de Abu Dhabi além, é claro, do abandono em Spa.

Foram 154 pontos (17,1 por corrida) contra 135 de Vettel (15 por corrida), que conseguiu se manter na parada por se beneficiar de sua boa primeira metade de campeonato para levar a vantagem sobre o asturiano.
Por muito pouco o espanhol não fez o que dele se esperava, mas sua temporada, embora tenha começado errática (mesmo com a sortuda vitória do Bahrein), se mostrou fortíssima. Com a mesma média de pontos da segunda metade do campeonato na primeira metade, Alonso teria feito estrondosos 308 pontos, com oito vitórias em 19 corridas. A Ferrari é franca favorita em 2011 e o espanhol tem tudo para levar o tri quando as luzes se apagarem no deserto barenita.

2 - Vettel

O mais jovem campeão mundial da história da categoria quase foi traído em parte pela fragilidade de seu equipamento, é verdade, mas também por sua já conhecida afobação (ganhou o apelido de Crash Kid após o entrevero com Jenson Button em Spa). Isso tudo não lhe tirou o brilhantismo, com 10 pole positions no ano e 10 pódios dos quais cinco esteve no degrau mais alto.

Mesmo com todas as lambanças feitas, Vettel ainda ganhou o campeonato, o que demonstra que ele realmente sobraria caso estivesse em seu ápice psicológico e sua equipe lhe desse um carro 100% infalível. O alemão só não está no topo dessa lista porque Mark Webber conseguiu desestabilizá-lo de uma forma que os grandes campeões nunca se deixariam levar. Daqui pra frente, Vettel tem grandes chances de se tornar uma lenda no automobilismo, mas Alonso ainda será uma grande pedra espanhola em seu caminho.

3 - Webber

Mark Webber reclamou muito, chorou muito, implicou muito... mas correu muito também. As reclamações do australiano foram compensadas por performances arrebatadoras e, em muitos casos, dignas do campeão do ano. Mas mesmo com toda a simpatia que ele angariou por ser o underdog de 2010 e sua forma maldosa de tirar o chão de seu companheiro de equipe, Webber não teve estofo o suficiente para bater o jovem alemão.

Isso não quer dizer que não esteja entre os três melhores pilotos do ano. Webber está, e com autoridade. E muito em função de seu histórico discreto na categoria. Ninguém esperava que ele fosse se colocar na briga dos grandes este ano, mas se colocou e se impôs com um respeito poucas vezes visto, como na dobradinha do GP da Espanha e de Mônaco, em que fez a pole e venceu com folga. Em 2011, Webber terá mais uma chance de mostrar que merece estar no panteão dos campeões, mas será difícil, muito mais difícil que 2010.

A ver.

4 - Hamilton

Na lista dos melhores 10 pilotos na opinião dos chefes de equipe da F1, Hamilton veio em terceiro e na lista da Autosport (Mark Hughes), o piloto inglês encabeçou os nomes. Sim, Hamilton foi rápido, venceu três vezes com autoridade e bateu Button com facilidade. Facilidade porque desperdiçou muito mais pontos que o companheiro (Button só zerou em Mônaco e Spa) e mesmo assim ficou adiante do campeão de 2009. Indicativo de sua boa performance é que Hamilton fez a melhor volta cinco vezes em 2010, sendo duas nas duas últimas corridas do ano.

O campeão de 2008 também fez um excelente trabalho nos treinos de classificação e foi basicamente aí que ele realmente bateu Button com respeito. Entretanto, o jovem piloto inglês ainda depende –e briga- muito com sua equipe.
A autoridade que Alonso tem na pista, Hamilton apenas sonha em ter. E é por isso que, mesmo com o segundo carro mais rápido do grid durante quase todo o ano, o piloto ficou atrás de Webber e de Alonso, que quase venceu o campeonato. São detalhes, mas que na F1 se tornam um mundo de diferença. Na pista, é top 3, mas no geral, ainda fica devendo.

5 - Button

É uma coincidência interessante que esta lista dos cinco melhores pilotos do ano coincida com as suas posições na tabela do campeonato. Muitos puseram Kubica e até Rosberg entre os cinco melhores pilotos de 2010, mas Jenson Button, se não fez uma temporada brilhante, mostrou muitas das qualidades que o levaram ao campeonato de 2009.

Além de duas vitórias incríveis em condições extremamente difíceis, Button conseguiu cinco pódios com três segundos e dois terceiros lugares. Sua performance em corrida foi sempre muito constante, conseguindo muitas vezes recuperar posições importantes quando largava atrás.

No entanto, o defeito de Button foi exatamente esse. Largar atrás. Sua performance em classificação em relação a Hamilton foi frustrante. E de nada adianta um bom ritmo de corrida se você está ganhando exatamente as posições que deveriam ser suas já no sábado. Por isso Button acabou correndo atrás do próprio rabo a temporada inteira, e isso foi o suficiente para tirá-lo da briga mais cedo que todos os outros acima.

O que preocupa em Button é sua aparente tranquilidade com o banho-maria que levou de Hamilton este ano. Para vencer o companheiro e ter reais chances de título, Button não deveria estar nada satisfeito. Mesmo na lista dos cinco melhores de 2010, o campeão de 2009 deve tomar muito cuidado para não se tornar um novo Trulli ou Fisichella. E idade para isso ele já tem.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Vídeo da semana

Um anúncio caprichado da Total, patrocinadora da ex-Renault F1 Team, agora Lotus Renault Grand Prix.

Pena que não há oxigênio na Lua para fazer esses carros andarem desse jeito...


terça-feira, 7 de dezembro de 2010

2010 - Os cinco melhores pilotos em carros não vencedores

1 - Kubica

Bob fez o autor deste blog colocar as sandálias da humildade desde o início. Ele foi brilhante. Se estivesse ao lado de Rosberg na Mercedes, poderia até ter vencido alguma prova, dado o que fez com o R30. É uma pena que não tivesse o destaque merecido na TV, pois é muito bom assisti-lo pilotar. Fundamentalmente a Renault era um carro rápido (é só ver o que Petrov fez em algumas classificações e corridas), mas Kubica elevou o nível da equipe. Grande pilotagem!

2 - Rosberg

Não é como se Rosberg tivesse tido uma temporada brilhante, mas ele justificou seu contrato com a Flecha de Prata com boa folga. Faltou ao alemão um pouco de agressividade, tanto em corrida quanto em classificação, e não conseguiu atrair atenção suficiente para si, mas muitos outros pilotos também não conseguiram fazê-lo. Ele é o segundo piloto nesta lista não porque bateu Schumacher, mas porque ele foi o melhor do resto na tabela do campeonato e não poderia ter terminado em nenhum lugar que não acima do que terminou.

3 - Kobayashi

Nas corridas que terminou, Koba chegou em média em nono lugar (9,2). Se tivesse terminado as outras oito corridas que desperdiçou por vários problemas, seria um piloto que estaria dividindo Sutil e Barrichello na tabela de pontos, ou mesmo ultrapassando-os (teria marcado 55 pontos se mantivesse a média de pontos das corridas que terminou). Mas não é só isso. Sua vontade de pilotar forte e dar um show é algo mais no grid atual. Fica a esperança de que Kobayashi possa desenvolver sua pilotagem e trazer pódios para a Sauber ano que vem.

4 - Barrichello

Rubens pilotou uma temporada inteira praticamente sem erros. Excluindo Spa, que foi mais um acidente do que um erro, ele foi limpo. É difícil mensurar sua colaboração no desenvolvimento do chassi WF32, mas também é difícil não reconhecer sua contribuição para a temporada de uma equipe fraca. Especialmente considerando o uso do motor Cosworth, que foi muito bem em sua temporada de estréia e melhor ainda na Williams, graças à caixa de câmbio da equipe (não é à toa que a HRT vai usar a mesma caixa em 2011). O veterano estava claramente relaxado e não se preocupou com seu companheiro de equipe, razão pela qual provavelmente pilotou seu melhor, quando se concentra apenas em si mesmo. Que 2011 traga merecidos pódios para Rubens.

5 - Kovalainen

Kova foi uma estrela. Pequena, mas brilhante. Seu casamento com a Lotus terminou muito bem e, graças a uma temporada sólida, Heikki vai para 2011 com um chassi empurrado pelos motores Renault, o que pode render ao menos os primeiros pontos da equipe. Bateu Trulli com tranqüilidade e se manteve bem humorado e sempre com um sorriso no rosto. Parece no entanto que Kova não pertence a um time grande, o que é uma pena. Infelizmente ele teve uma grande chance com a McLaren e desperdiçou-a duas vezes, uma por causa de sua falta de velocidade e outra porque teve ao seu lado Hamilton que é, -pasmem!- campeão mundial em seu segundo ano na categoria.

Menções honrosas

Sutil

O alemão destruiu seu companheiro de equipe, mas é difícil saber se ele o fez porque é muito melhor ou porque Liuzzi teve uma temporada para esquecer. Ano passado a Force India era uma força em ascensão, mas parece que falhou ao tentar subir de nível na F1 ao lado da Mercedes e Renault. Por isso, Sutil acabou sendo obliterado por outros pilotos e equipes. Mas deu trabalho pelo menos à Williams e Rubinho.

Hulkenberg

O incrível Hulk é definitivamente o piloto que mais se desenvolveu durante a temporada. Sair de um ponto na primeira metade do campeonato para 21 ponto na segunda é para poucos. Se tivesse marcado 21 pontos na primeira metade, ele estaria apenas três pontos atrás de Rubinho e a Williams estaria bem à frente da Force India na tabela de construtores. Na primeira metade ele simplesmente não conseguiu acompanhar Barrichello, mas encontrou performance na segunda metade e bateu Rubens ocasionalmente em classificação e corrida, o que acaba não sendo algo tão incrível, mas respeitável. Vir forte nos dias de corrida foi algo excelente para Nico. Uma pena que ele possa estar fora do grid em 2011, mas as coisas são assim na F1. Nico não aparece na lista acima porque muito do desenvolvimento do carro que acabou lhe dando pontos e uma pole-position inusitada foi mais trabalho de Rubens e da equipe do que seu próprio.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Vídeo da semana

Kubica e Alonso numa corrida de kart. Ótimo!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Vídeo da semana

Relembrando Kubica no Canadá em 2007 com um ângulo inédito que dá a real velocidade do impacto do polonês.

De quebra, uma simulação em 3D do acidente.

Uma pancada de 75G, muita sorte e uma bela dor de cabeça no dia seguinte. Cara de sorte, esse Kubica...

De arrepiar os cabelos!






quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Vídeo da Semana

Com a dica do Fábio Seixas, um clipe de ARREPIAR com os melhores momentos da temporada, cortesia da RTL 7, emissora de TV holandesa.


terça-feira, 16 de novembro de 2010

Red Bull Racing: a vitória da hipocrisia

Não é de admirar que um alemão esteja no centro de uma das comemorações mais hipócritas de que se tem notícia na F1. Navegando pelos sites e blogs do Brasil e do exterior, é notável nos textos a exaltação da F1, um resultado que ressalta a “lisura” da categoria (como disse o narrador global).

Chega a ser enojante a forma como se tem colocado a Red Bull como uma equipe correta, uma equipe que zela pelo bem do esporte. Dietrich Mateschitz acabou de provar mais uma vez o tamanho do gênio marqueteiro que existe em sua cabeça branca.

Não se discute e nem vai se discutir o mérito do merecimento por aqui. Sebastian Vettel foi magnânimo. Foi cirúrgico. Foi, enfim, campeão. Um rapaz que chega à F1 e faz o que ele faz não merece nada além de todos os louros. Dez pole-positions e 12 vezes largando à frente de Mark Webber não deixam ninguém ser enganado.

Entretanto, parece conveniente esquecer o episódio da Turquia, parece conveniente esquecer o episódio de Silverstone e parece conveniente esquecer o episódio de Interlagos. Mas o que um tem a ver com o outro?

Bom, primeiro, é bom lembrar que uma continha foi feita por aí demonstrando por A + B que, caso Webber tivesse vencido o GP do Brasil com uma ordem de equipe, tanto ele quanto Vettel teriam perdido o campeonato para Alonso e a Ferrari. Correto? Correto.

Mas essa conta é torta, maliciosa, porca até. Porque é muito, mas muito fácil mesmo dizer que a Red Bull é contra ordens de equipe quando seu primeiro piloto é quem está no lugar mais alto do pódio. É aí que mora a hipocrisia.

Este blog nunca foi fã de Vettel, da Red Bull e muito menos de Webber, mas este ano o australiano fez um trabalho irrepreensível, mostrando um talento que desde que chegou à categoria não mostrava.

No decorrer do campeonato, Webber se mostrou verdadeiramente um candidato ao título, e a Red Bull tentou cortar-lhe as asas mais de uma vez. Onde está a lisura nisso? Não existe lisura nisso. Existem má-fé e corporativismo travestido de detalhes técnicos.

Depois do show que Vettel deu este ano, alguém realmente acredita que ele precisa da ajuda de sua equipe contra seu parceiro para vencer alguma coisa? É óbvio que não. O que ele precisa é de um carro confiável. Só isso. O resto ele dá conta, e muito bem, sozinho.

Agora, depois da féria contada, é justo dizer que a Red Bull teve atitudes nobres e que o esporte venceu? Não.

Na opinião deste blog, a Red Bull (leia-se Helmut Marko e, em menor escala, Christian Horner) foi suja, mesquinha e antidesportiva. Do início ao fim do campeonato.

Vettel merece o campeonato que levou, mas a Red Bull não. A Red Bull não merece nenhum dos pontos que Mark Webber lhe deu e, por consequencia, não merece seu campeonato de construtores.

A F1 perde com tudo isso, mas a derrota é personificada em Mark Webber

A hipocrisia que se instalou na blogosfera e também na grande mídia (Globo incluída) é simplesmente chocante. Não há NADA no que a Red Bull fez no fim desta temporada que indique que ela estava ali pelo esporte.

Pode haver discordância quanto a isso, mas este blog não muda de opinião enquanto alguém não provar categórica e cabalmente que a equipe NÃO mandaria Webber encostar para Vettel passar em Interlagos caso os dois estivessem em posições invertidas, tanto na corrida quanto no campeonato.

É uma pena que Vettel tenha de estar ligado a uma equipe tão hipócrita e ele mesmo, por ingenuidade ou mau-caratismo, seja conivente com tamanha palhaçada.

Reste-se registrado: Sebastian Vettel foi o melhor e mais rápido piloto de 2010. E por isso, merece o campeonato. Mas a Red Bull não merece nada além do desprezo deste blog.

Nasce uma nova Ferrari.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Vídeo da semana

Para quebrar o gelo, Massa e Alonso visitaram o Ferrari World em Abu Dhabi, um dos maiores centros de entretenimento tendo como tema o esporte a motor no mundo.

O parque foi inaugurado em 4 de novembro e conta com essa belezinha em que os pilotos estão, a montanha-russa mais rápida do planeta.

Simplesmente HILÁRIO!!!


terça-feira, 9 de novembro de 2010

Relatos de Interlagos - Parte 3

Nosso amigo Itamar conta agora casos engraçados e curiosos que só aqueles que trabalham no circuito de Interlagos poderiam viver...

Vários casos curiosos aconteceram nesses anos. Um dos GPs mais engraçados talvez tenha sido o de 2003. Tínhamos certa amizade com o motorista do Barrichello e, no sábado, escutamos a transmissão do treino oficial graças ao áudio da Alfa 156 Sportwagon 2.0 do piloto. Curioso que sou, até sentei no banco do motorista para dar uma olhada nos comandos, no volante de madeira, etc.

Itamar testemunhou de perto a pole de Rubinho em 2003

Quando ele marcou a pole, o autódromo veio abaixo. O som da torcida celebrando o momento me deu muito mais arrepios que a Jordan do Takuma Sato. Era dia do meu aniversário, meu piloto preferido estava na pole, eu ouvi o treino dentro do carro dele e ainda tirei um sarro do Gino Rosato que havia me sacaneado na manhã perguntando quem era o nº 1.

Schumacher chegou ao autódromo com uma belezinha como essa...

Respondi que no Brasil era Barrichello e aguardei pacientemente pela sua volta. Ele estava dirigindo para o Schumacher, numa Alfa 156 Sportwagon 2.5 V6 azul. O massagista indiano também costumava chegar junto dos dois. Mas o alemão não circulava no estacionamento; o gordo de cavanhaque o deixava próximo aos boxes.

No domingo de manhã, quase todos os pilotos haviam chegado. Montoya chegou apontando o carro em direção a um rapaz da equipe, que tentou impedir que sua X5 fosse estacionada em local não permitido. Sua educação não permitiu que nutríssemos simpatia por ele; seu então companheiro Ralf, igualmente mala, era muito mais fácil de lidar.

O clombiano respondia “non” a todos que se aproximassem; já Sato e Villeneuve eram os mais populares do estacionamento, sendo que às vezes apareciam caras como Alex Dias Ribeiro. Em um dos anos ele apareceu no autódromo, e alguém me perguntou quem era aquele baixinho de moto. Um absurdo não saber quem era o Alex.

A maioria do pessoal esperava Schumacher, Alonso e Barrichello. Cristiano Da Matta, por exemplo, foi pouco assediado. O público conhecia mais o Pizzonia, esperança brasileira na época.


Voltando ao colombiano, o gorduchinho foi advertido sobre a infração assim que desceu do carro. Correndo, nos deixou falando sozinho, comunicando que voltaria rápido. E a melhor parte foi quando ele abandonou precocemente, se não me falha a memória, na 25ª volta (2003). Voltou bravo e ainda ouviu a gozação do Portuga, o cara mais sangue quente da equipe que gritava em alto e bom som: “Bem que você falou que ia voltar mais cedo mesmo! Você é bração, você se f*deu, %$#@&$#%”. Foi o momento mais hilariante de 2003.

E o colombiano foi vencer em Interlagos nos dois anos seguintes...

Leia os demais relatos de Itamar em Interlagos aqui
e aqui.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

GP do Brasil: análise do discurso

Na comunicação social, um dos objetos de estudo mais discutidos e relevantes é o discurso. Mas não, não é aquele texto que as pessoas preparam para anunciar algo, agradecer, tomar posse, etc, etc, etc. O discurso, na comunicação, é o que se quer dizer quando se passa uma mensagem. Em outras palavras, é o que está nas entrelinhas.

Portanto, quando se analisa um discurso, se atribui um significado à mensagem que ultrapassa aquele das palavras que a compôem. Ou seja, é uma radiografia que revela a intenção, o viés, a agenda política de quem profere aquelas palavras.

E, não por acaso, a F1 está coalhada de discursos. Desde pilotos até mecânicos, passando por chefes de equipe, jornalistas, donos e, claro, os fãs. O discurso dos fãs é quase sempre doentio e unilateral. Não permite o contraditório e, portanto, não toca a realidade como deveria.

Passado o GP do Brasil que, fora um tal de Hulkenberg e um tal de Liuzzi, nada apresentou de extraordinário, diferentemente de outros anos, é curioso perceber o que se esconde por trás das palavras proferidas por cada um que se presta a falar sobre a F1.

Vários textos e depoimentos afirmam com certa veemência que a Red Bull deveria dar prioridade a Mark Webber, sem dúvida o mais próximo dos seus dois pilotos a levar o título. Alguns citam vingança contra a Ferrari. Outros dizem simplesmente que é estupidez não dar prioridade a essa altura do campeonato.

Isso nada mais é do que uma demonstração clara de como quem fala sobre F1 tem dois pesos e duas medidas. Mas aí não é só uma questão simples de ajudar ou não um piloto em detrimento de outro. Nesse caso específico, são três os pilotos envolvidos: Sebastian Vettel, Mark Webber e Fernando Alonso.


"OK, mas e daí?", você, leitor, pergunta.

E daí que, no Brasil, por exemplo, existe toda uma revolta velada (ou não) contra Felipe Massa ter dado passagem a Alonso em Hockenheim. Mas mais do que isso, existe uma raiva de Fernando Alonso, assim como sempre existiu de Michael Schumacher. Pilotos que sistematicamente arrebentaram seus companheiros de equipe. Veja bem... esses companheiros são brasileiros. Não existe coincidência neste caso. Existe a realidade.

No caso de Webber e Vettel, o público em geral parece de fato guardar uma antipatia do alemãozinho e, mais do que nunca em 2010, uma grande empatia com o canguru Webber por motivos bem expostos aqui pelo Splash-and-go.

Então o discurso reinante é de que a Red Bull colocou seus pilotos em uma posição difícil e se prejudicou no processo... que deveriam ter priorizado Webber no GP do Brasil que, então, dependeria exclusivamente de sua vitória.


No entanto, basta colocar Vettel no lugar de Webber na tabela atual que o discurso mudaria radicalmente. "A Red Bull deveria deixar seus dois pilotos livres para competir em Abu Dhabi. É um absurdo a RBR dar prioridade a Vettel quando Mark Webber pode vencer o campeonato na última corrida com uma simples falha no carro do companheiro..."

O discurso é devidamente empenado de acordo com quem o profere, da maneira que lhe convier e no momento em que lhe for apropriado. Fernando Alonso está próximo de vencer um campeonato histórico na Ferrari, sendo seu terceiro na F1.

Alonso foi um grande cavalheiro com Felipe Massa em 2010

O piloto espanhol se recuperou de forma brilhante na segunda etapa do campeonato, foi paciente com Massa no início, dando-lhe a chance de se defender, de se manter na frente em mais de uma corrida e, com isso, perdendo potntos importantes.

Mas hoje, quem depende apenas de si para vencer o campeonato é o asturiano. Massa foi massacrado, dizimado, humilhado. Não resta muito do vice-campeão de 2008 em 2010. Fernando Alonso foi soberano e hoje demonstra ser definitivamente o piloto mais completo, versátil e tenaz da F1 desde Michael Schumacher.

Um piloto não pode merecer um ponto, uma vitória ou um campeonato por ser ou não carismático, mas sim por ser o melhor. Vettel tem grandes chances de ter jogado fora sua segunda oportunidade de ter levado o título, um pouco por sua causa, um pouco por causa de seu equipamento.

Webber, o franco atirador, ganhou a simpatia de todos e também correspondeu com pilotagens dignas de um grande campeão, mas sua inconstância, assim como a de seu companheiro, o coloca numa situação dependente do terceiro oponente nesta briga triangular...

...que é Fernando Alonso. O espanhol não pode ter o título tirado de si porque seu companheiro foi obrigado a deixá-lo passar. Alonso passaria Massa em todas as oportunidades que teve.

A questão é se Massa deixaria passar sem levar a equipe a correr riscos. Então, para não correr riscos, a Ferrari mandou o brasileiro encostar... mas reste-se confirmado de que Alonso passaria de qualquer maneira, porque é o melhor piloto (e muito mais rápido, diga-se de passagem).


Desta forma, com o filtro dos discursos devidamente acionado nós concluímos que:
  • do ponto de vista da Red Bull, após o escândalo da Ferrari em julho, o melhor é deixar que os dois pilotos se digladiem na pista; do ponto de vista de Vettel, o melhor que a Red Bull faz é deixá-los brigarem para que o alemão ainda tenha uma chance;
  • do ponto de vista de Webber, a RBR deveria lhe dar prioridade, pois suas chances serão exponencialmente maiores com Vettel seu escudeiro;
  • do ponto de vista de Alonso, a ajuda de Massa nada mais foi do que uma decisão lógica e focada no campeonato, o que lhe rende frutos mais do que vistosos na última corrida do campeonato;
  • do ponto de vista da Ferrari, estava claro que Massa estava em má fase e não se recuperaria, o que de fato não ocorreu, ainda qe a decisão de lhe mandar abrir possa ter abalado sua confiança.
Repare como existem muitos interesses de quem inclusive gera discursos que serão absorvidos e refletidos em novos discursos na mídia, entre os fãs e outras personalidades relacionadas ao esporte.

É muito difícil concatenar tudo para alcançar um denominador comum, mas é importante saber dessa relação de forças que se dá por trás de cada palavra solta no ar, impressa no papel ou projetada na tela do computador.

Dito tudo isso, e você, qual seu ponto de vista sobre o assunto?

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Vídeo da semana

O 'Professor' faz o que ele sabe fazer melhor: dar aula de direção.

O material escolar? Um Lambo e um Porsche. Só para alunos veteranos.


quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Relatos de Interlagos - Parte 2

Nosso amigo Itamar conta agora qual era sua função no traçado de Interlagos quando trabalhou por lá.

Fala Itamar:

Como parte do staff, eu trabalhava controlando o acesso das pessoas e dos carros que adentravam o autódromo. Passava a maior parte do tempo no F1 Personnel, estacionamento exclusivo dos pilotos, chefes de equipe e mecânicos.

Mas quando tinha carro na pista, óbvio, não precisávamos ficar ali. Então ficávamos perto do asfalto para que nenhum maluco tentasse invadir a pista. Quando tinha visita nos boxes, era outro caso, ficávamos tomando conta dos equipamentos.

Era a melhor parte, pois dava pra conversar com os mecânicos, ouvir motores funcionando, sentir o cheiro da gasolina, que nada tem a ver com o que estamos acostumados a cheirar nos postos e refinarias daqui.

A primeira vez que vi um F1 rasgando a reta foi na primeira sessão de treinos livres, sexta feira, 9h da manhã. Takuma Sato saiu dos boxes com a Jordan. Na hora que esticou até a descida do lago, aquele barulho me arrepiou o corpo inteiro. Sensação indescritível!

No próximo post, Itamar conta casos dos bastidores da F1 no GP do Brasil.

sábado, 30 de outubro de 2010

Relatos de Interlagos - Parte 1

Em menos de uma semana os carros da F1 urrarão no asfalto quente (e muitas vezes úmido) de Interlagos, no nosso, e apenas nosso, Grande Prêmio do Brasil de F1.

Em 2009, o Splash-and-go trouxe um relato especial de um conhecedor e entusiasta da categoria, Paulo Meyge, sobre os anos em que viu correr ninguém menos que Ayrton Senna em terra brasilis. Se você quiser conferi-lo, acesse aqui e aqui.

Pois bem, depois deste relato extrapista, desta feita este blog traz a você um relato exclusivo intrapista.

Entre os admiradores da F1, o sonho de assistir a uma corrida de perto provavelmente é suplantado pelo sonho de participar da organização e segurança de uma prova, e é um relato neste sentido que você vai ler no decorrer da próxima semana, começando hoje.


Itamar Morais é leitor do Splash-and-go, tem 28 anos, é administrador e natural de Taubaté. Casado, tem um filho de seis anos que provavelmente seguirá o mesmo caminho. É fanático por esportes a motor, futebol e o simulador rFactor.

Itamar, a palavra está com você.

Sempre gostei muito de automobilismo. Quando fiz oito anos (temporada de 1990), comecei a acompanhar o circo com mais empolgação. Havia, na época a euforia da imprensa em relação às disputas do Senna.

O país respirava F1 e tínhamos na época jornais e revistas que eram boas fontes de informação. Fui lendo, formando minhas opiniões e elegendo meus favoritos, que eram, além de Senna e Nelsão, Alesi, De Cesaris, Mansell, Alboreto, Capelli, Moreno, entre outros.

Em vários anos torcendo, guardo na memória alguns grandes prêmios inesquecíveis. Os pilotos sempre foram meus heróis. Eu os idolatrava e, claro, sonhava um dia disputar corridas, me tornar um deles, embora não tivesse dinheiro, tampouco talento.

Acompanhava o que a TV transmitia (F1, Indy e um pouco de DTM, na voz do Edgard Melo Filho). Lembro-me de alguns GPs inesquecíveis, como Suzuka 1990 (Moreno e Piquet no pódio; Senna bicampeão), Interlagos 1991 (Senna), Canadá 1991 (Piquet), Interlagos 1993 (Senna), Indianápolis 1993 (Emerson), Donington 1993 (Senna), Jerez 1997 e sua primeira fila inédita, Nurburgring 1998 (show de Hakkinen), Hockenheim 2000 (Rubens fazendo milagre), etc.

Em 2002 apareceu a oportunidade de acompanhar de perto o evento, trabalhando em Interlagos nos dias do Grande Prêmio. Na verdade, de quarta a domingo, praticamente trabalho escravo. Chegávamos as 6h da manhã e só íamos embora próximo das 20h.

Meu pai conseguiu esse "nobre" ofício quase sem querer. Estava participando de uma reunião em algum hotel ou restaurante e começou a ver várias pessoas ligadas a F1. Ele comentou com um dos amigos sobre mim, o filho fanático por velocidade. O cara pegou o celular e, em cerca de cinco minutos, estava contratado para a corrida...

Leia aqui a segunda parte deste relato.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Vídeo da semana

Nigel 'Il Leone' Mansell desmaia ao tentar empurrar sua Lotus pela linha de chegada no GP dos EUA de 1984 em Dallas, no Texas. O calor texano de mais de 40 graus não perdoava ninguém. Mansell não conseguiu terminar a prova e fechou em sexto, três voltas atrás do líder.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

GP da Coreia: a chance perdida de Rosberg

Nico Rosberg pode ter perdido uma das mais claras chances de vencer um GP em sua carreira. Não seria nada demais, pois grandes campeões já perderam claras chances de vencer também, não fosse o fato de o alemão estar ainda por vencer sua primeira corrida.

Uma série de infortúnios após sua infeliz colisão com Mark Webber faz crer que Nico estaria numa posição privilegiada caso tivesse continuado na corrida.

Senão, vejamos:
  • Rosberg esteve bem durante o fim-de-semana e seu ritmo de corrida era excelente, assim como era o de Schumacher em uma de suas melhores apresentações no ano;
  • ultrapassou Hamilton facilmente na relargada;
  • Webber bateu sozinho ao pisar na zebra molhada. Rosberg herdaria uma posição;
  • Alonso teve problemas no pit-stop. Com seu ritmo, Rosberg poderia ter ultrapassado o espanhol;
  • Vettel abandonou por problemas no motor Renault de sua RBR. Rosberg herdaria o primeiro lugar.
São hipóteses mais do que plausíveis para uma possível primeira vitória do já bastante experiente filho do ex-campeão Keke Rosberg.

No Twitter, Rosberg questionou a razão de Webber simplesmente não ter freado para evitar a colisão com sua Mercedes. Pensando bem, a ação de Webber pareceu de fato deliberada, como que querendo atrapalhar a corrida de seus principais concorrentes.


De todo modo, com a Mercedes focada no carro de 2010, é apenas uma questão de tempo até Nico alcançar o lugar mais alto do pódio e, de quebra, mandar Schumacher, agora definitivamente, para a aposentadoria.

Nico é um dos pilotos mais subestimados do grid, e isso nunca deixa de ser uma vantagem para pilotos que correm às margens do campeonato.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Vídeo da semana

Hilário vídeo mostrando o lado "Piquet" de Ayrton Senna.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Vídeo da semana

Na sua opinião, Vettel queimou ou não a largada do GP do Japão? Avance no vídeo até 4:20, pouco antes das luzes vermelhas se apagarem.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

GP do Japão: confusa, McLaren dá adeus ao título

Ao fim do GP do Japão, Jenson Button saiu do carro nada satisfeito com a estratégia que adotou de fazer a classificação com pneus duros e fechar a prova com os macios.

Ao redor do mundo, muitos apontaram o dedo para o atual campeão mundial e afirmaram que Button voltou ao seu "velho eu" da época da Honda, em que reclamava demais do carro e punha a culpa em tudo, menos em sua própria pilotagem.

Isso porque não ficou claro se a equipe que o forçou a utilizar dessa estratégia ou se foi dele a decisão, o que em outras circunstâncias lhe gerou excelentes corridas no início do ano.

Teoricamente, as equipes dão opções ao piloto, mas a decisão final é sempre dele, de correr com um ou outro composto.

No caso do GP do Japão, a estratégia de Button era começar a corrida com o composto mais duradouro e trocar faltando de 15 a 20 voltas para o final, enquanto o resto do grid fazia o contrário.

Acontece que, embora fosse possível manter a posição na pista andando mais lento, a distância que foi aberta pelos três primeiros colocados começou a inviabilizar a estratégia de Jenson.

Além disso, o número 1 da McLaren segurou seu companheiro de equipe durante todo o primeiro stint de Hamilton com os pneus macios, quase que anulando a possibilidade dele disputar com Alonso o terceiro lugar.

Tão logo os ponteiros pararam para colocar os pneus duros, começaram a rodar mais rápido que Button com os mesmos pneus, mas mais desgastados. Certamente com a pista mais fria devido à tempestade do dia anterior, Button teve dificuldades de manter a performance dos pneus conforme esperava que faria.

Azar: Hamilton perdeu muito mais pontos que Button este ano

Isso fez com que os líderes começassem a tirar a diferença de Button bem antes de ele parar e, mesmo depois com pneus novos e um carro muito mais veloz, Button teria muitas dificuldades de passar Hamilton novamente. Deu sorte porque Lewis perdeu uma marcha e teve de ceder a posição de volta.

No fim das contas, Jenson fez uma excelente corrida, com tempos de voltas muito consistentes e a maioria veloz o suficiente para manter-lhe competitivo na corrida.

Entretanto, devido ao comportamento de cada composto na pista de Suzuka, a estratégia simplesmente foi errada, mesmo com Button fazendo tudo certo e rápido.

A frustração do campeão é compreensível, mas fato é que, caso ele estivesse na mesma estratégia que os outros pilotos, dificilmente terminaria além do quarto lugar, salvo uma largada fenomenal, o que não é do feitio de Button.

Segundo Christian Horner, Button foi usado como "boi de piranha" por sua equipe, já que quando liderou, começou a segurar Vettel e Webber como que ajudando Hamilton a chegar mais perto, mas isso é uma teoria da conspiração sem o menor sentido. Button está bem na McLaren e valendo cada centavo que lhe foi pago.

Quase que oficialmente entretanto, a dupla da McLaren se despede da disputa direta pelo campeonato e passa a depender de combinações de resultados muito improváveis, ainda que ambos os pilotos tenham se dado muito bem em Interlagos e em Abu Dhabi em anos anteriores.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Vídeo da semana

A boa e velha Toyota num belo vídeo sobre o pit-stop.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

GP de Cingapura: como Vettel poderia ter batido Alonso?

No momento do pit-stop dos dois líderes da corrida, Fernando Alonso e Sebastian Vettel, todo mundo ficou coçando a cabeça tentando descobrir qual o motivo da decisão da Red Bull de chamar seu piloto para os boxes ao mesmo tempo em que a Ferrari.

A hipótese reza que, caso Vettel se mantivesse na pista, conseguiria a posição do espanhol e, consquentemente, a vitória. Mas as circunstâncias não mostram bem isso.

Segundo Andrew Davies, no momento em que a Ferrari levava seus mecânicos para fora se preparando para o pit-stop, a Red Bull ainda não havia dado pinta de querer trazer Vettel também. Até aí tudo bem, pois era o consenso entre todo mundo que essa era a melhor estratégia.

Entretanto, alguns segundos depois, os mecânicos da RBR correram para fora para receber o alemão, denotando uma decisão de pronto, provavelmente baseada na telemetria dos carros.

Pois bem, mas dois aspectos comprovam que a Red Bull talvez se desse bem trazendo Vettel ANTES de Alonso, mas não depois. Trazê-lo na mesma hora ao menos garantiria ao germânico o segundo lugar livre de dores de cabeça.

O primeiro aspecto é o safety car da volta 32. Alonso e Vettel pararam na virada da volta 29 para a volta 30. É claro que fala-se aqui de suposições, mas se o safety car for dado como certo na batida de Kamui Kobayashi e Bruno Senna nesta suposição, Vettel não teria TEMPO de tirar a diferença entre ele e Alonso depois que o espanhol fizesse seu pit-stop.

Além dos pneus já desgastados, o alemão teria que tirar a diferença em uma volta e entrar nos boxes na volta seguinte, o que, para todos os efeitos, seria algo quase impossível dada a performance campeã de Fernando Alonso.

Para se ter uma ideia, nas cinco voltas anteriores ao seu pit-stop, Vettel rodou mais rápido que Alonso em quatro, tirando por volta de um segundo e três décimos do espanhol, conforme o quadro abaixo no destaque em vermelho.

Entretanto, a volta mais rápida de Vettel girou em torno de 1:51.2. Na volta imediatamente após a outlap de Alonso, ou seja a volta que ele dá depois da saída dos boxes, o espanhol girou em 1:51.0.

Só aí já demonstra que ele na verdade andaria mais rápido que Vettel que, na nossa hipótese, ainda não teria parado e estaria tentando tirar a diferença para roubar de Alonso a posição.

Alonso: brilhante, mas graças à falta de ousadia da Red Bull

Isso nos leva ao segundo aspecto. Como Alonso já girou mais rápido com pneus duros que Vettel com pneus macios, mas desgastados, se Vettel tivesse entrado três voltas antes de Alonso, é muito provável que rodaria mais rápido que o espanhol com pneus usados e lhe tomaria a dianteira quando Alonso parasse.

Nas voltas 26 e 27, que era onde Vettel poderia ter parado, ele tinha uma confortável vantagem média de 26 segundos para o terceiro colocado, o que o traria para pista limpa e, portanto, com condições de fazer voltas rápidas para tomar o lugar de Alonso.

Mas a corrida se desenrolou como se viu e o espanhol, de forma justíssima, levou a taça e, de lambuja, uma posição fortíssima no campeonato, tanto psicológica quanto matematicamente. A vitória dada de bandeja por Felipe Massa a Alonso pode lhe render um doce fruto no fim do campeonato.

A ver.

Vídeo da semana

Hilário, um rapaz reclama ter escolhido um hotel em Cingapura exatamente ao lado do circuito, exatamente no fim-de-semana da corrida. Horas sem sono, mas muita fama instantânea no YouTube!

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Vídeo da semana

O ano era 1978. Uma prova demonstrativa no GP da Austrália daquele ano entre ninguém menos que Juan Manuel Fangio e Jack Brabham.

Lendas!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Codemasters' F12010

Amanhã ocorre o lançamento oficial do game nos Estados Unidos.

Dia 23, sai na Europa e dia 24 no Reino Unido. Assista abaixo o vídeo oficial do lançamento com imagens inéditas do jogo.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

O grid em 2010: um retrato infiel do campeonato

Observe a tabela abaixo:
  1. Vettel - 2,1
  2. Webber - 2,1
  3. Hamilton - 5,5
  4. Massa - 6,5
  5. Alonso - 6,79
  6. Button - 7,14
  7. Kubica - 7,14
  8. Rosberg - 8,07
  9. Barrichello - 10,29
  10. Schumacher - 10,36
Os números acima representam a posição média em que cada um desses pilotos largou até agora no campeonato. Por uma coincidência incrível, os dois pilotos que mais largaram na frente este ano dividem a primeira posição com uma média exatamente igual.

Agora compare com os 10 pilotos mais bem posicionados no campeonato:
  1. Webber - 187
  2. Hamilton - 182
  3. Alonso - 166
  4. Button - 165
  5. Vettel - 163
  6. Massa - 124
  7. Rosberg - 112
  8. Kubica - 108
  9. Schumacher - 46
  10. Sutil - 45
Vettel: número 1 de mentirinha

Repare em algumas contradições.
  • A primeira, obviamente, é Vettel, que embora tenha feito sete pole positions no ano, ocupa apenas a quinta colocação no campeonato; um baixíssimo aproveitamento de posição de largada em relação aos pontos conquistados.
  • A segunda contradição é Massa, que supera Alonso por pouco, mas está muito atrás no campeonato, com 42 pontos a menos que o espanhol. Isso, é claro, com a ingerência da Ferrari, mas não deixa de mostrar a contradição.
  • A terceira é o péssimo aproveitamento de classificação de Jenson Button em relação à sua posição na tabela. Com apenas um ponto a menos que Alonso, o inglês ocupa a quarta colocação no campeonato, mas na média das largadas, sai do Top 5 empatando com Robert Kubica, que está nada menos que 57 pontos atrás de Button. O atual campeão do mundo tem feito milagres saindo das posições em que tem saído.
  • A quarta é a troca de posições de uma tabela para outra, entre Rosberg e Kubica. Uma clara vantagem do alemão em ritmo de corrida sobre o polonês ao longo da temporada.
  • A quinta é a "intrusão" de Sutil na segunda tabela entre os 10 primeiros, enquanto na primeira ele nem aparece. Ao contrário de Rubinho, que aparece entre os 10 na primeira, mas sai na segunda. Isso significa que Sutil capitaliza mais pontos nas corridas enquanto Rubens tem melhor ritmo de classificação.
  • Por fim, e isso não é uma contradição se você não considerar o fato de quem estamos falando, Michael Schumacher, que tem a pior média de largada entre os 10 primeiros e ocupa a mesmíssima décima posição na tabela do campeonato. Nada mais justo para o heptacampeão, que faz a temporada mais medíocre de sua carreira, seja por causa do carro ou não.
A primeira tabela explica em parte porque a Red Bull tem a melhor chance de vencer ambos os campeonatos esse ano. A diferença de 2,1 de Vettel e Webber para 5,5 de Hamilton é abismal. É claro que o inglês tem sido mais eficiente nas corridas, pois mesmo com essa performance, está a apenas cinco pontos do líder, que larga em média três posições À FRENTE de Lewis.

A primeira tabela demonstra também a capacidade de adaptação universal da Red Bull a qualquer tipo de traçado, o que não ocorre com Ferrari e McLaren, e muito menos com a Mercedes.

É por essas e outras que nas últimas cinco corridas, a Red Bull terá chance de não só manter como melhorar a sua média de posição de largada e, consequentemente, estar em uma posição privilegiada para marcar pontos e vencer.


As pistas de Interlagos e Suzuka são pole positions garantidas para os rubrotaurinos, restando apenas a formalidade de saber qual dos dois pilotos fará as honras da primeira posição.

Abu Dhabi e Cingapura também são territórios positivos para a equipe. A incógnita fica a cargo do circuito da Coreia, mas este, pelo que se viu, não deve dar trabalho a Webber e Vettel.


O carro que Adrian Newey desenhou para seus pilotos é algo fora do normal e vai ser muito, mas muito difícil tirar o título das mãos de um dos pilotos da equipe. Mark Webber está muito próximo de ser o primeiro australiano campeão do mundo desde 1980. Vai ser coroado rei da Austrália caso isso ocorra.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Caption this!

Raikkonen: Nick, o que você está olhando?

Heidfeld: O futuro... lá se vão nossas carreiras...

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Vídeo da semana

Uma nova perspectiva sobre um velho acontecimento.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

GP da Itália: Hulk detona Barrichello

Pela primeira vez no ano, Nico Hulkenberg bateu de longe seu companheiro de equipe sem chance de contragolpe.

Até agora, a jovem promessa alemã chegou quatro vezes na frente de Rubinho contra cinco do brasileiro quando ambos terminaram a prova. Um bom placar, embora o veterano já tenha conseguido um quarto e um quinto lugar consecutivos enquanto as melhores colocações de Nico foram um sexto e um sétimo.

Já na classificação, notoriamente o ponto forte de Barrichello, Nico tem até se dado bem.
Das 14 provas até agora, Hulk largou na frente de Rubinho em cinco delas, inclusive nas duas pistas em que Barrichello venceu ano passado e também no GP da Espanha, onde Rubinho é sempre muito rápido.

No campeonato, Rubinho capitalizou bem mais e tem praticamente o dobro de pontos do companheiro: 31 a 16.


No GP da Itália deste ano, Hulkenberg não foi só mais rápido, mas muito mais rápido que Rubens. Para se ter uma ideia, o alemão rodou dez voltas em um tempo mais rápido que a volta mais rápida do brasileiro.

Não é pouca coisa. A volta mais rápida de Nico foi sete décimos mais rápida que o melhor giro de Barrichello. Entretanto, no frigir dos ovos, o resultado absoluto de ambos foi o mesmo, o que releva um pouco a forte corrida do novato da Williams.

Depõe a favor de Barrichello também o fato de o brasileiro ter optado por utilizar um motor velho enquanto Hulkenberg usou um novo em folha, o que dá uma boa diferença no montante de uma corrida intensa como a que ocorre na pista de Monza.

Além disso, ambos largaram e terminaram quase que rigorosamente na mesma posição. A diferença é que Nico herdou uma posição devido ao vacilo que Hamilton deu na primeira volta. Largou em oitavo e terminou em sétimo. Rubens largou em décimo e terminou em décimo.

Trocando em miúdos, o alemão andou bem quando de nada adiantava andar bem. Além de ter errado muito ao cortar a primeira chicane do circuito mais de uma vez, protagonizou uma briga com Mark Webber que poderia ter acabo em lascas de fibra de carbono pela pista, o que gerou reclamação do veterano da Red Bull.

De todo modo, ao que tudo indica, ano que vem a Williams volta com a mesma dupla de pilotos. Se Hulkenberg não é uma sensação como foi Hamilton ou Vettel, ele certamente não é nenhum pé-de-boi e a Williams vai lucrar com isso e também com a boa e velha experência de Barrichello. A equipe evolui a passos largos e consistentes, algo importante no competitivo mundo da F1.

sábado, 11 de setembro de 2010

Classificação GP da Itália: resultados reveladores

A pista de Monza é única em vários aspectos, mas o que mais diferencia o circuito do restante do calendário é sua média de velocidade muito mais alta que o comum e como as características da pista demonstram claramente que a Red Bull de fato é o melhor carro do campeonato.

Alonso pole: resultado é bom para o campeonato, mas ilusório

De nada adianta fazer uma pole-position cinco décimos mais rápida que o tempo do vice-líder do campeonato, no caso de Alonso sobre Webber, ou do líder, Hamilton, se essa pole vem em uma das pistas mais bizarras da temporada. A diferença entre o tempo de Alonso e do 10º colocado, Rubens Barrichello, foi de 1,3 segundo, um tempo relativamente grande em uma pista que tem um tempo de volta pequeno.

Como em 2009, quando Raikkonen e Fisichella brilharam em Spa, mas apenas lá, este ano Monza volta a mostrar uma distorção com o domínio da Ferrari que, na verdade, só demonstra o quanto a Red Bull é mais eficiente onde realmente importa: curvas. E, é claro, a maioria das pistas da temporada pedem domínio nesse quesito, e não em retas.

Dito tudo isso, é realmente notável a dificuldade da Red Bull de andar bem em grandes retas, quando entra em jogo a potência do motor pura e simples e pouco arrasto aerodinâmico. Mesmo assim, Mark Webber ainda conseguiu se dar bem sobre Lewis Hamilton, que embora tenha cometido um pequeno erro em sua volta rápida, tinha carro para ficar lado a lado com Massa ou Button.

Jenson, aliás, brilhou com sua opção de usar o F-Duct em detrimento de pouca asa, opção da maioria dos pilotos. O inglês foi perfeito e, a exemplo do ano passado, tem boas chances de incomodar Alonso na pole, considerando que ele largue bem da segunda colocação e não perca a posição para Felipe Massa.

A corrida vai ser toda definida na largada, pois, diferentemente de 2009, não haverá estratégias de reabastecimento para manter o mais eficiente na pista. Em Monza, sem reabastecimento, com a pequena diferença relativa entre os carros, passar na pista é ainda mais difícil. Resta segurar o fôlego e esperar uma primeira curva de lascar!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

A F1 e os games - Parte Final

Clique aqui para baixar o manual do F12010 em sua versão para PC

Antes de seguirmos para o GP da Itália, em Monza, nesta última parte sobre a F1 e os games, vamos falar dos consoles, da versão para o PC e dos periféricos que existem para que a brincadeira se torne mais séria.

Desde que fiquei sabendo do lançamento de um jogo de F1 realmente trabalhado para os consoles de última geração, determinei que voltaria ao mundo dos videogames após um hiato que já dura quase 15 anos.

PC x consoles

A primeira coisa que me ocorreu foi que teria de gastar uma boa grana no meu PC para que ele tivesse alguma chance de rodar o jogo de forma satisfatória.

Pensando daqui, orçando dali, percebi que essa tarefa seria ingrata. Entendo pouco de hardware e não queria ter a chance de gastar muito e ainda não ficar satisfeito ou gastar mais do que o necessário para me divertir com o jogo.

Isso, é claro, para não falar do bom e velho Windows sempre dando pau de tempos em tempos e os problemas de compatibilidade com drivers, atualizações, patches, etc. que certamente iriam me assombrar por toda a eternidade.

Em prol da praticidade, resolvi comprar um console, pois todos os problemas acima seriam resolvidos de uma só vez. Há quem diga que os PCs são sempre melhores, mas o fato é que os jogos para consoles são pensados para usarem o máximo do processador sem desperdiçar nada, além de a compatibilidade ser total e irrestrita para qualquer jogo. Resumindo, não há dor de cabeça no uso dos consoles. É o famoso plug 'n play.

Mas qual console?

Aí veio a segunda dúvida. Qual das plataformas usar? Vantagens, desvantagens? Essa resposta veio até mais fácil que a primeira no meu caso. Há 20 anos eu era expert em videogames e sabia exatamente o que diferenciava um de outro. Hoje em dia a tecnologia evolui de forma muito mais rápida. Some-se a isso o fato de eu estar de fora desse mundo não há anos, mas há DÉCADAS, e dá pra imaginar o quão leigo sou no assunto.

Playstation 3 ou XBox 360? O jogo F12010 será rigorosamente igual nos dois em qualquer aspecto analisado. Então a decisão teria de se basear em outra características. Pesquisando um pouco, descobri que o Gran Turismo 5, que promete ser uma revolução no mercado de simuladores, é um título EXCLUSIVO PS3. O primeiro critério estava então atendido.

O segundo critério foi ainda mais decisivo. Existe uma série de volantes no mercado. Muitos mesmo, que causam séria confusão nos consumidores. Tive que buscar a fundo informações e comparativos entre estes volantes para saber qual seria o melhor, qual seria o pior, qual teria o que eu estava querendo e qual seria o custo x benefício de cada um.

Não foi difícil chegar a um denominador comum. A marca Logitech surgiu forte em todas as análises e leituras que fiz. Isso excluiu automaticamente todas as outras marcas no mesmo patamar de preço. Cinco volantes se colocaram como opções. Bastaria então definir o preço que eu queria pagar entre as características de cada volante.

Os cinco volantes são: Logitech Driving Force GT, Logitech Driving Force Pro, Logitech Momo, Logitech G25 e Logitech G27. Não vou entrar em detalhes em relação a todos esses volantes. Basta uma busca no Google para encontrar um sem-número de reviews aprofundados sobre cada um deles.

Você só precisa saber que os três primeiros são mais "populares", com muito plástico e menos acabamento e os dois últimos mais refinados, com peças em metal (pedaleira, volante) e acabamento em couro, além de um pedal de embreagem e uma caixa de marchas, embora não 100% realista como os pedais e volante, muito util e divertida de usar. É claro que o primeiro grupo é mais barato e o segundo mais caro.O G27 é o lançamento mais recente da Logitech. Como diferença, ele traz pedais ajustáveis lateralmente de acordo com o tamanho dos seus pés e o fim do câmbio sequencial que havia no G25, além de muito mais botões no volante, coisa que no G25 fazia falta, com apenas dois. Isso sem contar o motor de force feedback, que dentre os volantes citados, é o mais avançado, realista e silencioso deles. Foi o G27 então a opção.

Existem ainda volantes da marca Fanatech (na foto abaixo), que são mais de duas vezes mais caros e mais bacanas do que os Logitech. Esses volantes são o suprassumo dos jogos de corrida em casa, mas o preço deles já passa do exagero em se tratando de jogos eletrônicos. Isso, claro, se você não tiver grana. Se tiver, Fanatech é o que há. Acabamento de couro legítimo igual ao do Porsche (o carro), materiais de primeira linha e um visual de arrepiar.

Por fim, os Logitech G25 e G27 NÃO SÃO compatíveis com o XBox, enquanto o Fanatech é, mas é muito mais caro. Por causa de todas as razões elencadas acima, o XBox não foi nem mais considerado em relação ao PS3.

Cereja do bolo

Console definido, volante definido, falta um detalhe que, talvez, seja o mais importante de todos: onde jogar?

Quem tem esses volantes sabe que não é possível jogar com essa belezinha em qualquer mesinha e muito menos no colo. O force feedback é forte o suficiente para impedir com que você seja displicente com o lugar onde irá montá-lo.

Por causa disso, e por causa da seriedade com que encarei esse projeto de me divertir a valer com o F12010, resolvi correr atrás de um cockpit. Primeiro pensei em construir um do zero, com base em um projeto que vi na internet. Entretanto, trabalho, estudos e a consequente falta de tempo me fizeram desistir da ideia e procurar um cockpit pronto.

Cockpits: no Brasil, o Extreme Racing é um dos melhores disponíveis

Já existem diversas opções no mercado brasileiro, alguns importados e alguns feitos por aqui mesmo. Os preços não são lá tão atraentes se você quiser algo mais sofisticado, mas depois de investir no console e no volante, nada mais justo do que comprar um cockpit que fizesse jus ao conjunto.

Depois de muita procura, descobri um fabricante paranaense que está fazendo um produto realmente bacana e condizente com os cockpits importados. Analisei as medidas, os ajustes e as características e optei por adquirir um cockpit Extreme Racing.

No vídeo abaixo, é possível ver a quantidade de ajustes, o que acabou me convencendo, além do belo visual.



O F12010 só deve chegar às minhas mãos nos próximos 30 dias, mas enquanto isso, experimentei o conjunto com o Dirt 2, também da Codemasters, um jogo de "rally" (coloco entre aspas, porque pouco lembra o rally tradicional, apenas o fato de se andar na terra). É sensacional e muito divertido. Valeu a pena cada centavo.

Depois dessa, creio estar preparado para curtir esse jogo que sem dúvida é o mais esperado do ano ao lado do GT5. Se tiver a grana, corra atrás que vale a pena!

Leia também a Parte 1 e a Parte 2 da série "A F1 e os games".

Vídeo da semana

Mais um lindo teaser do F12010.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Vídeo da semana

Que Massa parou seu carro fora do seu gridbox na largada do GP da Bélgica, ninguém duvida e o vídeo está aí para provar.

Pode haver muitas causas para a largada de Felipe. Uma delas é uma soliticação prévia à direção de prova para desalinhar devido a uma mancha de óleo no chão, por exemplo. Note que de fato existe uma mancha negra onde estariam os pneus traseiros (os que dão tração) do carro de Massa.


Entretanto, caso Massa realmente tenha cometido um equívoco, muitos disseram que a FIA nada fez por causa de vários precedentes. Este ano mesmo Mark Webber largou de fora do seu lugar e em outros anos aconteceu o mesmo com outros pilotos.

De todo modo, nos anos 70 a coisa não era bem assim. Além de totalmente desalinhados, os carros muitas vezes queimavam a largada, largavam em movimento ou bizarrices do tipo.

Assista a esse incrível vídeo com a as cenas originais transmitidas no dia da largada do GP da Inglaterra de 1973 e delicie-se com a doce irresponsabilidade da F1 de outrora.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

GP da Bélgica: bom, mas nem tanto

A corrida de Spa deste ano não foi o espetáculo de tensão que foi em 2008. A chuva veio fraca, sem fazer com que os pilotos tivessem que correr grandes riscos.

O único que tentou tirar um coelho da cartola foi Alonso, devido à porrada que levou de Rubens Barrichello na Bus Stop logo no fim da primeira volta. A estratégia do espanhol de colocar os intermediários prevendo uma chuva mais forte deu errado e ele logo teve de voltar para os slicks algumas voltas depois.

Mas o que vai ficar desta prova, e quiçá de todo o campeonato, foi o fato de Sebastian Vettel estar fazendo um esforço sobreumano para jogar fora um título que deveria ser seu por ser um dos três pilotos mais rápidos do grid.

Com o resultado da prova, o campeonato passa a ser mais polarizado, mesmo faltando ainda seis provas para o final. Se não pelas chances matemáticas, Button, Alonso e Vettel têm de vencer em Monza de qualquer maneira para manterem um momento de confiança e solidez na próxima etapa até o fim do campeonato.

É inegável a agressividade pura com que Vettel escala o grid quando têm de vir de trás, mas sua ansiedade e afobação têm feito com que a cada degrau vencido, dois são perdidos para o jovem alemão. O custo-benefício de suas pilotagens têm sido com certeza o pior entre os líderes do campeonato.

Na pontuação velha, Vettel estaria a apenas 12 pontos do líder, o que é uma distância bem menor, por exemplo, do que Rubens chegou a estar de Button ano passado na Brawn. As chances de Vettel ainda são bastante altas, mas para levar a taça ao final, ele precisa terminar constantemente no pódio até o fim do campeonato.

Webber: o normal seria que ele ajudasse Vettel, mas o alemão está fazendo todo o trabalho sujo, deixando Mark com uma mão na taça

Diante do mega equipamento que tem a mãos, é uma tarefa relativamente fácil... para Mark Webber! Sim, porque o australiano tem muito mais condições de fazer isso e, claro, ainda vencer mais algumas corridas, do que o alemão.

O fato é que, dentro da Red Bull, Webber tem toda a vantagem psicológica num momento crucial do campeonato. Vettel de uma vez só derrubou a si próprio e a Jenson Button no GP da Bélgica, abrindo caminho para que Webber conquistasse o segundo lugar mesmo tendo uma largada para se esquecer.

No fim das contas, o melhor piloto venceu a corrida, e este piloto foi Lewis Hamilton. Correu como gente grande, fez tudo certo, foi muito rápido, deixou Button pra trás com autoridade no início da prova e, depois que choveu, fora a escapada que deu (que seria normal pra qualquer piloto dadas as condições), venceu de ponta a ponta apenas a segunda corrida em sua carreira. A primeira foi no GP da China em 2007.