sábado, 30 de outubro de 2010

Relatos de Interlagos - Parte 1

Em menos de uma semana os carros da F1 urrarão no asfalto quente (e muitas vezes úmido) de Interlagos, no nosso, e apenas nosso, Grande Prêmio do Brasil de F1.

Em 2009, o Splash-and-go trouxe um relato especial de um conhecedor e entusiasta da categoria, Paulo Meyge, sobre os anos em que viu correr ninguém menos que Ayrton Senna em terra brasilis. Se você quiser conferi-lo, acesse aqui e aqui.

Pois bem, depois deste relato extrapista, desta feita este blog traz a você um relato exclusivo intrapista.

Entre os admiradores da F1, o sonho de assistir a uma corrida de perto provavelmente é suplantado pelo sonho de participar da organização e segurança de uma prova, e é um relato neste sentido que você vai ler no decorrer da próxima semana, começando hoje.


Itamar Morais é leitor do Splash-and-go, tem 28 anos, é administrador e natural de Taubaté. Casado, tem um filho de seis anos que provavelmente seguirá o mesmo caminho. É fanático por esportes a motor, futebol e o simulador rFactor.

Itamar, a palavra está com você.

Sempre gostei muito de automobilismo. Quando fiz oito anos (temporada de 1990), comecei a acompanhar o circo com mais empolgação. Havia, na época a euforia da imprensa em relação às disputas do Senna.

O país respirava F1 e tínhamos na época jornais e revistas que eram boas fontes de informação. Fui lendo, formando minhas opiniões e elegendo meus favoritos, que eram, além de Senna e Nelsão, Alesi, De Cesaris, Mansell, Alboreto, Capelli, Moreno, entre outros.

Em vários anos torcendo, guardo na memória alguns grandes prêmios inesquecíveis. Os pilotos sempre foram meus heróis. Eu os idolatrava e, claro, sonhava um dia disputar corridas, me tornar um deles, embora não tivesse dinheiro, tampouco talento.

Acompanhava o que a TV transmitia (F1, Indy e um pouco de DTM, na voz do Edgard Melo Filho). Lembro-me de alguns GPs inesquecíveis, como Suzuka 1990 (Moreno e Piquet no pódio; Senna bicampeão), Interlagos 1991 (Senna), Canadá 1991 (Piquet), Interlagos 1993 (Senna), Indianápolis 1993 (Emerson), Donington 1993 (Senna), Jerez 1997 e sua primeira fila inédita, Nurburgring 1998 (show de Hakkinen), Hockenheim 2000 (Rubens fazendo milagre), etc.

Em 2002 apareceu a oportunidade de acompanhar de perto o evento, trabalhando em Interlagos nos dias do Grande Prêmio. Na verdade, de quarta a domingo, praticamente trabalho escravo. Chegávamos as 6h da manhã e só íamos embora próximo das 20h.

Meu pai conseguiu esse "nobre" ofício quase sem querer. Estava participando de uma reunião em algum hotel ou restaurante e começou a ver várias pessoas ligadas a F1. Ele comentou com um dos amigos sobre mim, o filho fanático por velocidade. O cara pegou o celular e, em cerca de cinco minutos, estava contratado para a corrida...

Leia aqui a segunda parte deste relato.

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