segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Crashgate: a FIA resolve

O veredicto: Renault perdoada, Piquet Jr. e Alonso inocentados, Symonds suspenso por cinco anos e Briatore expulso da F1.

As penas para Briatore e Symonds foram distintas porque Symonds admitiu o fato e se desculpou, mas Briatore negou até o fim.

Nelson Piquet Sr. disse que ficou sem falar com seu filho por dois meses após ficar sabendo da patacoada, pouco depois do GP de Cingapura.

Nelsão disse ter ficado decepcionado e, nesse meio tempo, procurou Charlie Whiting, chefe dos comissários da FIA, que disse nada poder fazer sem a palavra do Piquet filho.

Continua sem resposta a razão de Piquet Jr. ter demorado tanto para colocar a boca no trombone e delatar o velho Briatore.

Mas a sensação que fica agora é que Nelson Piquet Sr. ficou de fato triste e com raiva ao saber da situação em que seu filho se encontrava.

Continua muito difícil, por caráter mais azedo que Nelsão tenha, acreditar que o tricampeão pudesse coadunar com uma coisa tão feia para a F1.

Mas o que aparenta também é que, já que a coisa já havia sido feita, Nelsinho e Nelsão resolveram jogar pesado, se uniram e tiveram como objetivo derrubar Briatore.

Não foi nada mais do que um pai realmente protegendo um filho depois de uma coisa mal feita. Quantos pais não fazem isso, mesmo sem razão?

E para quem acha que eles puxaram o tapete esquecendo que estavam em cima, não se iluda. Eles sabiam que os resultados seriam desastrosos para eles mesmos.

Mas sabiam também que não havia escolha. Optaram por não ficarem calados, pois no fim das contas, 2010 seria um ano provavelmente difícil de voltar à F1 para Nelsinho.

O fato é que, principalmente depois do comunicado de Nelsinho, as chances do jovem piloto na F1 minguaram a quase zero.

É um triste fim para a carreira antes promissora de um menino que teve muito apoio, mas teve que ralar muito para chegar onde chegou.

Reiterando, não há santos na F1. Nada foi feito pelo bem apenas e tão somente do esporte. Os interesses são fortes.

Mas o Splash-and-go acredita firmemente no que publicou neste post, independentemente de qualquer coisa que tenha ocorrido depois.

Só se espera agora que domingo que vem Alonso não largue de tanque vazio na 15ª posição e Grosjean bata milagrosamente na 14ª volta para a saída do safety car...

5 comentários:

Anônimo disse...

Grande analise, realmente eh um dos episódios mais tristes e revoltantes da F1 e tinha q ter um brasileiro no meio (ficaremos marcados com essas coisas...) Mas ainda dizem que o Nelsinho tem chances de voltar na F1 né, sei lá se ele faria o melhor voltando.

DGF disse...

Não apostaria contra a volta de Nelsinho, pois Piquet Sr. já mostrou ter muito poder nos bastidores, mas não acredito nisso.

Ron Groo disse...

A FIA (Fernando International Aid) conseguiu exatamente o que queria.
A expulsão do torresmo italiano.
Quanto a Renault ficou no lucro já que o stand by é igual ao da McLata.

Willian disse...

Não estou convencido de que era a única opção de Nelsinho, mas tudo bem, essa história já passou.
Nesse momento, há algo que todos devem admitir: ele teve muita coragem ao revelar esse escândalo.
Se o faria caso continuasse na Renault? Creio que não. Porém, eu sentia que ele mesmo não tinha a intenção de permanecer por lá. Fosse diferente, ele não estaria criticando Briatore em público desde o início da temporada...
Será difícil ele ter outra chance na F1, mas ele fez a coisa certa. Antes tarde do que nunca.

DGF disse...

Willian, é claro que havia dezenas de opções.

A questão é o contexto, e não as opções.

Dentro do contexto, eu creio ser muito difícil mensurar o quão realistas eram as outras opções que não a que Piquet Jr. tomou.

E com certeza o Piquet já devia estar de saco cheio da Renault e do Briatore. Devem se arrepender amargamente de ter escolhido esse caminho hoje.

Mas infelizmente, o que está feito, está feito.

Torço pelo Nelsinho, e tenho certeza que muitas outras pessoas fazem o mesmo, mas isso não é nem nunca foi o suficiente pra nada.