sábado, 25 de dezembro de 2010

Splash-and-go: Feliz Natal e até 2011

O blog agradece a todos os visitantes que coloriram este espaço em 2010.

Daqui a alguns dias o Splash-and-go está de volta com o conteúdo que você já se acostumou a ver por aqui.

Um feliz Natal e um 2011 vibrante! Para fechar o ano, só ilustrando com o mico que alguns dos nossos pilotos preferidos têm de pagar por ganharem milhões de dólares por ano...

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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Vídeo da semana

Esse foi definitivamente o vídeo da semana... Kubica encontrando um telefone celular (!) esquecido dentro do seu cockpit!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

2010 - As cinco maiores decepções do ano

1 – Massa

Ao menos no Brasil, Felipe Massa chega perto da unanimidade quando o assunto é decepção. Talvez não tanto por ter sido derrotado por Alonso, mas sim pela margem que o espanhol colocou sobre o brasileiro. Foram 108 pontos de diferença, o que significa que o vice-campeão de 2010 marcou em média 5,6 pontos a mais que Massa por corrida. Cinco pontos é quase o que o sétimo lugar ganha ao fim de cada fim-de-semana. Pilotos como Kobayashi, Hulkenberg e Liuzzi tiveram como melhor colocação no ano um sexto lugar enquanto a melhor colocação de Buemi na Toro Rosso foi um oitavo no Canadá. Com a mesma máquina, Felipe teve uma diferença (negativa) constante para Alonso ao longo do ano.

A temporada de Massa se resume em sua ausência da foto acima

Não interessa aqui apontar as razões para essa performance fraca de Massa, um vice-campeão mundial de F1. O fato é que se esperava mais dele, muito mais. Por ter marcado apenas 57% dos pontos de Fernando Alonso durante o ano, Felipe Massa foi a maior decepção de 2010.

2 – Schumacher

No resto do mundo, a briga é ferrenha entre Schumacher e Massa como maiores decepções do ano. O heptacampeão ganha o benefício da dúvida no entanto por causa de seu hiato de três anos fora da categoria. Isso não impede que houvesse por parte dos fãs da F1 uma grande expectativa sobre a performance do alemão. A exemplo de Massa, ninguém esperava que Schumacher levasse um passeio de Rosberg. E foi um grande passeio. Nico marcou praticamente o dobro de pontos de Schumacher (50,7%) e raramente brigou com o veterano lado a lado na pista, pois largou na frente 13 vezes e se manteve lá, chegando a três pódios no ano. Sempre que foi promessa, Schumacher correspondeu às expectativas. Pela primeira vez Michael não deu conta do recado, mas na F1, como na vida, promessa é dívida. Embora a Mercedes faça mistério e Schumacher diga que os novos pneus vão ajudá-lo, a vida tende sempre a ser mais difícil não só para ele, mas para todo o restante do grid.

3 – Heidfeld

Como toda sua carreira, Heidfeld mais uma vez foi discreto como lhe é de costume. Voltou sem barulho, correu quatro corridas e voltou para o ostracismo. Talvez não seja de todo justo colocá-lo nesta lista, mas Quick Nick é o homem que bateu Kimi Raikkonen, Felipe Massa e Robert Kubica. Um currículo invejável na F1 atual. Embora passe despercebido, Heidfeld tem um séquito de seguidores, fãs e admiradores espalhados pelo mundo que torceram como nunca para que ele conquistasse a vaga de titular na Mercedes depois de duas tentativas frustradas de ingressar na McLaren. Quando foi anunciada a substituição de Pedro de la Rosa pelo alemão, muitos vibraram com a perspectiva de vê-lo digladiar-se com Kamui Kobayashi. Mas pura e simplesmente, Kamui bateu Heidfeld em três das quatro corridas, tanto em classificação quanto nas provas. Noves fora, um resultado que certamente foi o último prego no caixão do piloto alemão na F1.

4 – di Grassi

Colocar um piloto de uma das novas equipes nesta lista é temerário, mas ao se comparar a temporada de todos eles, é fácil perceber que Lucas di Grassi foi o piloto que menos conseguiu combater seu companheiro de equipe, principalmente na classificação. Perder para Glock desta forma diz mais sobre o brasileiro do que sobre Timo, que não é nenhum top de linha da categoria, embora tenha tido seus momentos. Por di Grassi não ser um nome “de grife” no Brasil, sua entrada na F1 foi pouco comentada, mas, ao mesmo tempo, sua condição de franco-atirador lhe dava menos pressão para trabalhar e tentar cavar seu lugar na F1. Ao fim de 2010, di Grassi foi chutado pela Virgin para a entrada do belga Jerome D’Ambrosio. Cereja no bolo.

5 – Liuzzi

Ao lado de Hulkenberg e Petrov, o italiano da Force India foi o único piloto a marcar menos da metade dos pontos de seu companheiro. A diferença é que Liuzzi é um piloto experiente, enquanto que Hulkenberg e Petrov estavam em suas temporadas de estreia. Além disso, o alemão, que figurou na lista do Splash-and-go dos melhores pilotos em carros não vencedores, teve uma temporada de ascensão, enquanto Liuzzi começou bem, mas acabou por cima do carro de Schumacher no GP de Abu Dhabi. Quando substituiu Fisichella em 2009, Liuzzi teve boas performances enquanto o enferrujado Luca Badoer e o próprio Fisichella, que correu pela Ferrari substituindo Massa, fizeram corridas para esquecer. Este ano era de se esperar que evoluísse e desse combate ao talentoso Sutil. O que se viu no entanto foi um banho do alemão, principalmente na classificação. O assento de Liuzzi em 2011 talvez estivesse melhor aproveitado por pilotos como o próprio Paul Di Resta, test driver da Force India, ou Bruno Senna, que parece estar cada vez mais próximo da porta de saída da F1.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Vídeo da semana

Massa tropeça a caminho do pódio no GP da Coreia. Um instantâneo que simboliza a temporada do brasileiro...

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

2010 - Os cinco melhores pilotos da temporada

1 - Alonso

O espanhol foi simplesmente destruidor em 2010. Quando Alonso assinou com a Ferrari, o Splash-and-go levantou alguns pontos sobre o futuro dele e de Felipe Massa de acordo com situações específicas no campeonato. Por um capricho do destino, nenhum dos desdobramentos se concretizou da forma como foi posto, mas o fato é que Felipe não ajudou em nada a Ferrari este ano antes do episódio de Hockenheim. Depois então, nem se fala. De todo modo, Alonso foi bastante paciente no início do ano com Massa, se mantendo atrás do brasileiro, sempre mais lento, em algumas corridas sem forçar a barra até o GP da China.

A partir daquele momento o espanhol deu o tom do resto da temporada em relação ao brasileiro, quando o ultrapassou na entrada dos boxes. Da Alemanha em diante, em nove corridas, Alonso fez a pole em duas, fez volta mais rápida em três, venceu quatro, conseguiu um segundo lugar, dois terceiros e o infame sétimo lugar de Abu Dhabi além, é claro, do abandono em Spa.

Foram 154 pontos (17,1 por corrida) contra 135 de Vettel (15 por corrida), que conseguiu se manter na parada por se beneficiar de sua boa primeira metade de campeonato para levar a vantagem sobre o asturiano.
Por muito pouco o espanhol não fez o que dele se esperava, mas sua temporada, embora tenha começado errática (mesmo com a sortuda vitória do Bahrein), se mostrou fortíssima. Com a mesma média de pontos da segunda metade do campeonato na primeira metade, Alonso teria feito estrondosos 308 pontos, com oito vitórias em 19 corridas. A Ferrari é franca favorita em 2011 e o espanhol tem tudo para levar o tri quando as luzes se apagarem no deserto barenita.

2 - Vettel

O mais jovem campeão mundial da história da categoria quase foi traído em parte pela fragilidade de seu equipamento, é verdade, mas também por sua já conhecida afobação (ganhou o apelido de Crash Kid após o entrevero com Jenson Button em Spa). Isso tudo não lhe tirou o brilhantismo, com 10 pole positions no ano e 10 pódios dos quais cinco esteve no degrau mais alto.

Mesmo com todas as lambanças feitas, Vettel ainda ganhou o campeonato, o que demonstra que ele realmente sobraria caso estivesse em seu ápice psicológico e sua equipe lhe desse um carro 100% infalível. O alemão só não está no topo dessa lista porque Mark Webber conseguiu desestabilizá-lo de uma forma que os grandes campeões nunca se deixariam levar. Daqui pra frente, Vettel tem grandes chances de se tornar uma lenda no automobilismo, mas Alonso ainda será uma grande pedra espanhola em seu caminho.

3 - Webber

Mark Webber reclamou muito, chorou muito, implicou muito... mas correu muito também. As reclamações do australiano foram compensadas por performances arrebatadoras e, em muitos casos, dignas do campeão do ano. Mas mesmo com toda a simpatia que ele angariou por ser o underdog de 2010 e sua forma maldosa de tirar o chão de seu companheiro de equipe, Webber não teve estofo o suficiente para bater o jovem alemão.

Isso não quer dizer que não esteja entre os três melhores pilotos do ano. Webber está, e com autoridade. E muito em função de seu histórico discreto na categoria. Ninguém esperava que ele fosse se colocar na briga dos grandes este ano, mas se colocou e se impôs com um respeito poucas vezes visto, como na dobradinha do GP da Espanha e de Mônaco, em que fez a pole e venceu com folga. Em 2011, Webber terá mais uma chance de mostrar que merece estar no panteão dos campeões, mas será difícil, muito mais difícil que 2010.

A ver.

4 - Hamilton

Na lista dos melhores 10 pilotos na opinião dos chefes de equipe da F1, Hamilton veio em terceiro e na lista da Autosport (Mark Hughes), o piloto inglês encabeçou os nomes. Sim, Hamilton foi rápido, venceu três vezes com autoridade e bateu Button com facilidade. Facilidade porque desperdiçou muito mais pontos que o companheiro (Button só zerou em Mônaco e Spa) e mesmo assim ficou adiante do campeão de 2009. Indicativo de sua boa performance é que Hamilton fez a melhor volta cinco vezes em 2010, sendo duas nas duas últimas corridas do ano.

O campeão de 2008 também fez um excelente trabalho nos treinos de classificação e foi basicamente aí que ele realmente bateu Button com respeito. Entretanto, o jovem piloto inglês ainda depende –e briga- muito com sua equipe.
A autoridade que Alonso tem na pista, Hamilton apenas sonha em ter. E é por isso que, mesmo com o segundo carro mais rápido do grid durante quase todo o ano, o piloto ficou atrás de Webber e de Alonso, que quase venceu o campeonato. São detalhes, mas que na F1 se tornam um mundo de diferença. Na pista, é top 3, mas no geral, ainda fica devendo.

5 - Button

É uma coincidência interessante que esta lista dos cinco melhores pilotos do ano coincida com as suas posições na tabela do campeonato. Muitos puseram Kubica e até Rosberg entre os cinco melhores pilotos de 2010, mas Jenson Button, se não fez uma temporada brilhante, mostrou muitas das qualidades que o levaram ao campeonato de 2009.

Além de duas vitórias incríveis em condições extremamente difíceis, Button conseguiu cinco pódios com três segundos e dois terceiros lugares. Sua performance em corrida foi sempre muito constante, conseguindo muitas vezes recuperar posições importantes quando largava atrás.

No entanto, o defeito de Button foi exatamente esse. Largar atrás. Sua performance em classificação em relação a Hamilton foi frustrante. E de nada adianta um bom ritmo de corrida se você está ganhando exatamente as posições que deveriam ser suas já no sábado. Por isso Button acabou correndo atrás do próprio rabo a temporada inteira, e isso foi o suficiente para tirá-lo da briga mais cedo que todos os outros acima.

O que preocupa em Button é sua aparente tranquilidade com o banho-maria que levou de Hamilton este ano. Para vencer o companheiro e ter reais chances de título, Button não deveria estar nada satisfeito. Mesmo na lista dos cinco melhores de 2010, o campeão de 2009 deve tomar muito cuidado para não se tornar um novo Trulli ou Fisichella. E idade para isso ele já tem.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Vídeo da semana

Um anúncio caprichado da Total, patrocinadora da ex-Renault F1 Team, agora Lotus Renault Grand Prix.

Pena que não há oxigênio na Lua para fazer esses carros andarem desse jeito...


terça-feira, 7 de dezembro de 2010

2010 - Os cinco melhores pilotos em carros não vencedores

1 - Kubica

Bob fez o autor deste blog colocar as sandálias da humildade desde o início. Ele foi brilhante. Se estivesse ao lado de Rosberg na Mercedes, poderia até ter vencido alguma prova, dado o que fez com o R30. É uma pena que não tivesse o destaque merecido na TV, pois é muito bom assisti-lo pilotar. Fundamentalmente a Renault era um carro rápido (é só ver o que Petrov fez em algumas classificações e corridas), mas Kubica elevou o nível da equipe. Grande pilotagem!

2 - Rosberg

Não é como se Rosberg tivesse tido uma temporada brilhante, mas ele justificou seu contrato com a Flecha de Prata com boa folga. Faltou ao alemão um pouco de agressividade, tanto em corrida quanto em classificação, e não conseguiu atrair atenção suficiente para si, mas muitos outros pilotos também não conseguiram fazê-lo. Ele é o segundo piloto nesta lista não porque bateu Schumacher, mas porque ele foi o melhor do resto na tabela do campeonato e não poderia ter terminado em nenhum lugar que não acima do que terminou.

3 - Kobayashi

Nas corridas que terminou, Koba chegou em média em nono lugar (9,2). Se tivesse terminado as outras oito corridas que desperdiçou por vários problemas, seria um piloto que estaria dividindo Sutil e Barrichello na tabela de pontos, ou mesmo ultrapassando-os (teria marcado 55 pontos se mantivesse a média de pontos das corridas que terminou). Mas não é só isso. Sua vontade de pilotar forte e dar um show é algo mais no grid atual. Fica a esperança de que Kobayashi possa desenvolver sua pilotagem e trazer pódios para a Sauber ano que vem.

4 - Barrichello

Rubens pilotou uma temporada inteira praticamente sem erros. Excluindo Spa, que foi mais um acidente do que um erro, ele foi limpo. É difícil mensurar sua colaboração no desenvolvimento do chassi WF32, mas também é difícil não reconhecer sua contribuição para a temporada de uma equipe fraca. Especialmente considerando o uso do motor Cosworth, que foi muito bem em sua temporada de estréia e melhor ainda na Williams, graças à caixa de câmbio da equipe (não é à toa que a HRT vai usar a mesma caixa em 2011). O veterano estava claramente relaxado e não se preocupou com seu companheiro de equipe, razão pela qual provavelmente pilotou seu melhor, quando se concentra apenas em si mesmo. Que 2011 traga merecidos pódios para Rubens.

5 - Kovalainen

Kova foi uma estrela. Pequena, mas brilhante. Seu casamento com a Lotus terminou muito bem e, graças a uma temporada sólida, Heikki vai para 2011 com um chassi empurrado pelos motores Renault, o que pode render ao menos os primeiros pontos da equipe. Bateu Trulli com tranqüilidade e se manteve bem humorado e sempre com um sorriso no rosto. Parece no entanto que Kova não pertence a um time grande, o que é uma pena. Infelizmente ele teve uma grande chance com a McLaren e desperdiçou-a duas vezes, uma por causa de sua falta de velocidade e outra porque teve ao seu lado Hamilton que é, -pasmem!- campeão mundial em seu segundo ano na categoria.

Menções honrosas

Sutil

O alemão destruiu seu companheiro de equipe, mas é difícil saber se ele o fez porque é muito melhor ou porque Liuzzi teve uma temporada para esquecer. Ano passado a Force India era uma força em ascensão, mas parece que falhou ao tentar subir de nível na F1 ao lado da Mercedes e Renault. Por isso, Sutil acabou sendo obliterado por outros pilotos e equipes. Mas deu trabalho pelo menos à Williams e Rubinho.

Hulkenberg

O incrível Hulk é definitivamente o piloto que mais se desenvolveu durante a temporada. Sair de um ponto na primeira metade do campeonato para 21 ponto na segunda é para poucos. Se tivesse marcado 21 pontos na primeira metade, ele estaria apenas três pontos atrás de Rubinho e a Williams estaria bem à frente da Force India na tabela de construtores. Na primeira metade ele simplesmente não conseguiu acompanhar Barrichello, mas encontrou performance na segunda metade e bateu Rubens ocasionalmente em classificação e corrida, o que acaba não sendo algo tão incrível, mas respeitável. Vir forte nos dias de corrida foi algo excelente para Nico. Uma pena que ele possa estar fora do grid em 2011, mas as coisas são assim na F1. Nico não aparece na lista acima porque muito do desenvolvimento do carro que acabou lhe dando pontos e uma pole-position inusitada foi mais trabalho de Rubens e da equipe do que seu próprio.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Vídeo da semana

Kubica e Alonso numa corrida de kart. Ótimo!