sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

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BREAKING NEWS: Cai na internet foto que explica a demissão de Pedro de la Rosa e Nick Heidfeld da Sauber. Segundo fontes próximas aos pilotos, ambos foram gentilmente convidados a sair da equipe pelo novo trio de pilotos, Sérgio Pérez (esquerda) e Esteban Gutierrez (direita), da máfia mexicana, além do famoso gangster da Yakuza japonesa, Kamui Kobayashi (centro).

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Os ameaçados

A temporada de 2011 será essencial para uma série de pilotos e equipes que se encontram na famosa “tábua da beirada”. Alguns por razões óbvias, outros por circunstâncias complexas. O cenário é um só: 2011 precisa ser melhor que 2010 para estas personagens. Mas quem são elas?

Nosso quase-campeão Felipe Massa está definitivamente na posição mais difícil do grid, não só dentro como fora da pista. O brasileiro ocupa hoje o assento mais cobiçado de todo o mundo do esporte a motor. Você, leitor, conseguiria imaginar a pressão?

Olhando a carreira de Massa principalmente dentro da Ferrari, é possível notar que ele sempre fez um trabalho muito bom, embora talvez não tão constante quanto se gostaria. A falta de constância dele em 2008 pesou muito na perda do título para Lewis Hamilton. Em 2009, Massa estava fazendo uma temporada excelente no fraco F60 até o acidente do GP da Hungria, que acabou ofuscando o trabalho do piloto até então.

Para Felipe Massa, 2011 é um divisor de águas. Para permanecer na Ferrari, ele precisa estar colado em Alonso na tabela de pontos durante todo o ano. Simples assim. Não cabe aqui discutir os benefícios de Massa permanecer ou não na Ferrari. Isso é assunto para outra hora.

Em outro ponto do paddock, está Michael Schumacher. É hipocrisia dizer que o alemão está “ameaçado”. A situação dentro da Mercedes é outra, mas todos sabem que um 2011 que repita a performance ridícula do heptacampeão em 2010 será quase que garantidamente o motivo de sua segunda aposentadoria.

Não é nem tanto uma questão de a Mercedes querer vê-lo pelas costas, mas aqui entra, é claro, o próprio Schumacher. Por mais que ele tenha sido o Sr. Sorriso na temporada passada, dizendo aos quatro ventos que estava se divertindo sem nenhuma pressão, a F1 continua sendo um esporte de milhões e milhões de dólares e uma marca como a Mercedes-Benz não pode se dar ao luxo de dar carrinhos de corrida para seu filho mais velho dar voltas em pistas do mundo todo.

Cada ponto na tabela é fundamental e Schumacher deixou de marcar muitos deles em 2010, seja em função do carro não tão bom, seja em função dos pneus, seja em função de sua própria falta de capacidade devido à idade. Em 2010, Schumacher brincou de pilotar. Em 2011, ele vai ter que voltar a pilotar de verdade, ou então vai descobrir que seu heptacampeonato não garante lugar no grid nem para ele, nem para nenhum outro piloto.

Outros dois pilotos que estão sempre em vias de dizer adeus à F1 são Rubens Barrichello e Jarno Trulli. O veterano italiano já pôs a boca no trombone este ano dizendo que a Lotus esteve abaixo de suas expectativas. Não é elegante dizer isso quando seu companheiro de equipe lhe deu um relativo banho na pista, mas Trulli o fez. É quase certo que Trulli deixe a F1 em 2011, mas se a Lotus lhe entregar um carro competitivo, pode ser que ele desencante e ganhe motivação para ir além.

Desde 2005 Rubinho sempre esteve na lista de desempregados do ano seguinte, a não ser após a fantástica temporada de 2009 com a Brawn GP. Mas a pressão continua porque Rubens só se manteve na Williams com tanta certeza porque Sir Frank e Patrick Head descolaram os petrodólares de Pastor Maldonado. Por essa razão, o brasileiro terá um 2011 relativamente tranquilo para trabalhar e levar a Williams em direção à Renault e à Mercedes. Mas tem que mostrar o serviço que geralmente mostra para manter a o sonho de ser campeão vivo.

A dupla da Toro Rosso, Jaime e Sébastien, também estão na alça de mira da cúpula da equipe. Diz-se que STR está à venda, o que não foi confirmado pelo todo-poderoso dono da Red Bull. Já está claro que nenhum dos dois jovens pilotos estão no mesmo patamar de Sebastian Vettel, mas hoje ambos têm um importante aliado na busca por novas equipes: experiência. De todo modo, para a Toro Rosso, os dois pilotos não farão diferença se tiverem mais um ano fraco, sem grandes destaques, ainda que o carro que lhes é oferecido não dê condição para tanto.

Por fim, dos que estão sentados no cockpit, o russo Vitaly Petrov é uma das maiores incógnitas da categoria. E talvez, por isso mesmo, tenha a situação mais instável, mesmo com a promessa da expansão do mercado de várias empresas para a Rússia. Vitaly é um excelente piloto, não resta dúvida disso. Entretanto, Kubica é fora de série, o que acaba ofuscando seu talento, e o jovem piloto também precisa trabalhar sua consistência, inclusive terminando mais provas e melhorando consideravelmente nos treinos de classificação. O assento da Renault é importantíssimo no médio prazo para a dança das cadeiras da F1 e Petrov será avaliado duramente no decorrer de seu segundo ano na categoria.

Já entre as equipes, o ano da HRT, não é preciso lembrar, será decisivo. Não se sabe de onde veio, nem para onde vai, mas Carabante, sua família e seus executivos precisam definir prioridades. O objetivo da equipe não parece definido em nenhum aspecto. Se serve de suporte para os negócios de Carabante, se serve como um escape esportivo para a alma competitiva do empresário espanhol, se serve de máquina de lavar dinheiro...

A sorte está lançada para o pessoal presente nesta lista.

Vídeo da semana

Logo após a pole position de Sebastian Vettel em Silverstone, 2010, com a asa dianteira do carro de Webber, o australiano mostra toda sua alegria na coletiva de imprensa.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Vídeo da semana

A fantástica pole position de Jarno Trulli no GP de Mônaco de 2004 vista de perto, bem perto.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

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Em descontraído evento anual da Ferrari na Itália, Massa reafirma que não é segundo piloto na equipe

Imagem postada originalmente aqui.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Vídeo da semana

No primeiro vídeo da semana de 2011, uma interessante perspectiva sobre footwork dos pilotos de F1. No caso, Pedro de la Rosa pilota a antiga Arrows na Hungria em 2000.

Bom para quem anda se matando de jogar F12010 com um volante bacana.


sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Bruno Senna: a maldição leva a melhor

Um dos primeiros posts do Splash-and-go em 2010 tratava da maldição de Bruno Senna. Falava sobre como o primeiro-sobrinho parecia ter entre si e a F1 uma espécie de barreira. Toda a movimentação do piloto para correr na categoria parecia ser barrada por uma série de circunstância misteriosas e sempre desfavoráveis ao brasileiro.

Eis que, finalmente, depois de uma temporada caótica, difícil e injusta, o sobrinho de Ayrton é expulso da F1 pela porta dos fundos. Publicou este blog lá no início de 2010: “(...) parece mesmo que algo atrapalha as pretensões de Bruno de pilotar na F1. Algo ruim, uma espécie de maldição.

Talvez a própria perda do tio já seja maldição o suficiente, mas a partir daí seu afastamento do automobilismo, sua volta mais ou menos bem sucedida, mas sem grandes conquistas, e agora suas frustradas tentativas de ingressar no topo do esporte a motor já seriam algo a se considerar...

Bruno Senna quer a F1, mas será que a F1 quer Bruno Senna?”

No geral, não parece haver consenso entre quem teve uma temporada melhor, Senna ou Chandhok. Tanto o indiano quanto o brasileiro tiveram como melhor colocação um 14º lugar, algo fundamental para a HRT bater a Virgin no campeonato de construtores com o 11º lugar.

Chandhok ganhou fãs, mas Narain é o piloto mais importante da Índia

Chandhok ganhou o coração de vários fãs da Europa ao se mostrar um camarada gente boa e um excelente comentarista de F1. Após sua saída da HRT para a entrada de Sakon Yamamoto, o indiano foi convidado pela rádio BBC para comentar as corridas e acabou se revelando um grande talento por trás dos microfones e das câmeras.

Aos 33 anos, "o indiano mais rápido do mundo" volta com grana e planos

Entretanto, Narain Karthikeyan (na foto), um dos novos pilotos da HRT, é muito bem conceituado em seu país. Embora sua passagem pela F1 não tenha sido estelar, sua performance em fórmulas inferiores foi digna de respeito, enquanto Chandhok não fez muito de sua carreira. Narain traz potenciais milhões para a equipe para os próximos três ou quatro anos com a montadora Tata, o que deixou seu jovem conterrâneo a pé.


Bruno Senna no entanto não conseguiu angariar novos fãs e ainda teve rusgas durante todo o ano com seu chefe, Collin Kolles. A frase do chefe da equipe quanto à saída de Senna parece maldosa, triunfal, vingativa até: “Definitivamente, posso dizer que o senhor Bruno Senna não vai correr para a HRT. Cem por cento certo que não”.

Do ponto de vista das relações para Bruno Senna a situação já havia se degradado muito com a saída de quem havia lhe contratado inicialmente, no caso, Adrián Fernández. Portanto, com Kolles fazendo a caveira do piloto, é melhor mesmo que saia da equipe.

Há algumas semanas, o mesmo Kolles havia dito que a Lotus só ficou à frente da HRT na temporada por causa dos pilotos, ou seja, Senna e Chandhok não deram no couro.

Mas não parece agora haver lugar na F1 para ele. Como dizem no exterior, “it’s a buyer’s market”, ou seja, quem dá as cartas são os contratantes agora, e não os contratados. Não há nada que difira o Bruno Senna de 2010 do Bruno Senna de 2011.

Por esse motivo, não é leviano dizer que o primeiro-sobrinho enterrou sua carreira na F1 ao optar por correr na HRT em 2010. Uma decisão que talvez ele venha a se arrepender de ter tomado. A maldição se concretiza com toques de crueldade... e Bruno Senna vai ter que procurar outro lugar para mostrar sua velocidade.