Ronnie Peterson e sua Lotus 72E, em arte de Paul Chenard
O vídeo de hoje traz cenas fortes do GP de Monza de 1978, quando Ronnie Peterson sofreu o acidente que lhe custaria a vida 24 horas mais tarde.
Ironicamente, Peterson saiu consciente e relativamente bem do autódromo, enquanto o italiano Vittorio Brambilla, outro envolvido no acidente, saiu desacordado, entubado e correndo risco de morrer. Riccardo Patrese foi oficialmente apontado como o causador do imbróglio.
Horas depois, os cirurgiões decidiriam, junto com o piloto sueco, por uma cirurgia estabilizadora dos ossos e também a amputação de um dos pés de Peterson.
A cirurgia correu bem, mas durante a noite fragmentos de ossos entraram na corrente sanguínea do piloto, obstruíram as artérias e causaram uma embolia de gordura. A morte veio implacável.
O vídeo é curioso porque mostra James Hunt correndo para ajudar o amigo (4:55), que estava lúcido e observava suas próprias mãos (4:45), algo instintivo para uma pessoa que acabou de sofrer um trauma e compreende a gravidade da situação, como que procurando sinais visíveis do estrago.
No minuto 6:55, o piloto suiço Clay Regazzoni (na foto ao lado), irritadíssimo, ainda com a balaclava na cabeça, aborda o chefe da equipe médica da FIA, Sid Watkins, mandando-o cumprir com suas obrigações diante do cenário de horror que se avizinhou naquele momento.
Outra cena que diz muito sobre a F1 de outrora e de hoje é protagonizada por Bernie Ecclestone e o mesmo Regazzoni (7:42). Os dois têm um rápido encontro no local do acidente, o suficiente para mostrar que o experiente piloto não estava nada satisfeito com a administração da F1. Alguma semelhança com 2009?
Muito se aprendeu com episódios como esse na F1, mas muita coisa ainda se mantém caprichosamente igual, como há 30 anos. Tem coisas que não mudam nunca...
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