A decisão da Hispania Racing Team de deixar Bruno Senna de fora do GP da Inglaterra, talvez o GP mais importante do calendário da F1 em termos de exposição midiática, por ocorrer no centro do país do autmobilismo, é um sintoma mais do que claro do péssimo gerenciamento que a FIA desempenhou no processo de inclusão de novas equipes na categoria máxima do esporte.
O piloto japonês Sakon Yamamoto, que vai substituir o primeiro-sobrinho nas curvas de Silverstone, correu pela Super Aguri em 2006 e pela Spyker em 2007 e tem como retrospecto na F1 um humilde 12º lugar como melhor resultado em Suzuka, em 2007. O que ele tem de especial? Provavelmente dinheiro. Caminhões dele.
Max Mosley lutou pelo teto orçamentário (escreveu certo por linhas tortas, pois o objetivo era derrubar as grandes, e não ajudar as pequenas), mas no fim perdeu a queda de braço para a Fota.
O resultado foi a entrada de equipes novas e ruins, longe do nível de excelência de equipes como Ferrari e McLaren. Além de serem ruins, não têm nem uma fração dos orçamentos multimilionários das equipes estabelecidas.
É por isso que Yamamoto entra no lugar de Senna hoje. A volta de equipes que não conseguem andar com as próprias pernas (mesmo que não seja culpa delas) é um convite para a entrada de pilotos que pagam para correr, algo sempre mal visto na categoria.
Bruno, que fez sua carreira na Inglaterra e tem muitos fãs por lá, além de fãs indiretos de seu tio famoso, vai perder a chance de correr na corrida mais especial do ano, doando seu assento a um japonês que, muito provavelmente, vai andar atrás de Karun Chandhok o fim-de-semana inteiro.
Quem ganha e quem perde? A equipe vai conseguir a grana do nipônico, mas vai a Hispania retribuir pelos serviços do brasileiro, que acreditou e acredita no projeto até hoje? Ou vai virar as costas para Senna e manter uma dupla de pilotos praticamente desconhecidos na F1?
Agora é torcer para que Bruno se mantenha no assento até o fim da temporada, ou que isso ocorra como um revezamento com Karun. De todo modo, já é um péssimo sinal para o brasileiro, que vem sendo sistematicamente rechaçado da categoria desde que resolveu voltar para o automobilismo.
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Um comentário:
Triste... Muito triste.
Mas o japonês paga, então tem direito a andar. Que porcaria.
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