No exterior, foi e está sendo muito mais falado que no Brasil o episódio em que Barrichello simplesmente joga seu volante para fora do carro após o forte acidente que teve na subida da Beau Rivage entrando na Massanet, em Mônaco.
A opinião quase unânime é de que o brasileiro tinha de ser punido. Nada justifica atirar o volante para fora do cockpit e em acidentes muito mais graves e traumatizantes, pilotos calmamente colocaram de volta seus volantes, conforme reza a regra.
O artigo 30.5 do regulamento diz que "O piloto que abandona o carro deve deixá-lo em ponto morto ou desengatado, com o KERS desativado e o volante colocado no lugar". Barrichello claramente não fez isso, conforme pode ser visto no vídeo abaixo.
No Twitter, Rubens disse que jogou o volante porque queria sair rápido do carro, mas conhecendo o temperamento do piloto e também sua atitude, o que se percebe é um piloto frustrado e com raiva do que acabou de acontecer, talvez um pouco desorientado pelo forte impacto em duas partes da pista, e que simplesmente joga longe o volante, que é inclusive interceptado pela Hispania de Karun Chandhok e de Bruno Senna mais adiante.
Fora as óbvias consequencias de um objeto desses sob o assoalho de um carro de F1 a menos de cinco centímetros do chão, o fato é que Rubens fez o que fez sim por raiva e frustração. Se não, observe esse vídeo de uma batida entre ele e Mark Blundell em 1995.
Da mesmíssima forma, Rubens desta feita nem joga o volante, mas o isola num claro ato de frustração, sem nenhum impacto aparente do carro em nada sólido ou mesmo uma situação iminente de perigo. Se se analisar com base nos precendentes, Barrichello é culpado do mesmo jeito.
A punição em si é irrelevante, pois mesmo que haja uma multa, o próprio volante já custa mais de 30 mil dólares e, incrivelmente, segundo Chandhok no Twitter, está funcionando normalmente, se não com alguns arranhões e botões arrancados.
Mas o ato de punir neste caso teria de ser levado a cabo, pois regras são regras e precedentes são sempre perigosos para a idoneidade do esporte.
terça-feira, 18 de maio de 2010
GP de Mônaco: Barrichello e o volante
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4 comentários:
Todos sabem que eu não gosto do Barrichello, mas ele deu uma explicação muito boa pra coisa.
Ficou apavorado de estar de frente pro trafego em uma curva cega. O que mais ele queria era sair do carro o mais rápido possível e nestas condições a ultima coisa que ele, ou qualquer outro, vai pensar é o que fazer com o volante...
Por infelicidade, o Hispânia levou o treco...
Desta vez o 1B ta inocente.
Inacreditável vc defendê-lo. Haha!
Acho tudo balela e o Rubinho deu foi desculpa pra fugir do pau, pq ele nunca iria admitir que estava puto e jogou longe o volante por causa disso. Ele não PRECISAVA jogar o volante longe pra sair do carro.
Daniel, embora seja reconhecido que eu torça por Rubinho, eu inicialmente pensei a mesma coisa que vc. Mereceria a punição..
Mas quando vi o vídeo de novo, mais lento, percebi a cinestesia da coisa> Rubens não atira para fora, com a força ou o movimento de raiva... Joga o volante a alguns centímetros do volante, que quica pela inclinação e ângulo da queda, e aí bate em Chandhok... e em seguida, assim que da a menor oportunidade, sai correndo sem pensar duas vezes.
Se fosse em uma posição menos perigosa, aí sim teria tempo de Rubens ter posto o volante pelo menos dentro do cockpit, sem po-lo no encaixe certo...Isso demanda alguns preciosos segundos. Estar no meio da pista não era nada bom.
. Eu acho que ele mereceria uma advertência, uma multa até. Um carão de Frank Williams pelo desperdício de dinheiro. Agora, acho muito exagero julgar o cara nessa posição.
De qualquer forma, veja o post no blog do Ico sobre o mesmo fato.
Ridson, eu vi e não concordo. Pensei muito sobre o assunto vi a imagem várias vezes.
Realmente acho que ele tava meio puto e agiu sem pensar. Mas não vai admitir isso nunca.
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