Depois de litros de ansiedade e quilos de nervosismo, com uma crise de abstinência no meio, a F1 volta ao spotlight.
Como era de se esperar, nada ficou claro com os treinos de sexta-feira e a única coisa que se pareceu com algo do ano passado foi Rosberg liderando com sua Mercedes GP W01.
A Hispania Racing Team finalmente fez o shakedown do seu carro com o primeiro-sobrinho Bruno Senna fazendo as honras.
Em 17 voltas, o piloto ficou a 11,5 segundos de Rosberg e incríveis cinco segundos do carro mais próximo, a Virgin de di Grassi.
Em uma fração de segundo, centenas de fóruns ao redor do mundo ferveram com discussões sobre a qualidade da equipe, a segurança da F1 e, claro, Bruno Senna.
A discussão sobre a regra dos 107% (em que só se classifica quem for no máximo 7% mais lento que o pole position) também tomou a pauta de fãs e especialistas.
Para se ter uma ideia, tomando como base os treinos de hoje, Senna teria rodado com cerca de 110% do tempo de Rosberg, ou seja, estaria eliminado.
No caso, o tempo de 107% corresponderia a 2:03.487, sendo que Virgin e Lotus fizeram tempos até um segundo mais rápidos que isso.
Por outro lado, seria justo tirar da Hispania sua chance de desenvolver o carro? De melhorar sua confiabilidade? De tentar entrar na corrida e completá-la?
Se se observar do ponto de vista lógico, é mais fácil a HRT em três corridas ficar dentro dos 107% do que as equipes de ponta aumentarem essa vantagem.
Isso simplesmente porque o espaço de manobra, a curva de desenvolvimento, o potencial de melhora dos carros de ponta é infinitamente menor do que o das equipes pequenas.
Ganhar três décimos para a Ferrari é muito mais difícil que ganhar cinco segundos para a Hispania.
Se a FIA abriu vaga para novas equipes, é óbvio que sabiam da diferença de performance. E hoje fala-se que a regra dos 107% ecoa forte entre as figuras da entidade. Contradição?
A HRT é uma equipe que acabou de fazer o seu primeiro shakedown. Virgin e Lotus parecem veteranas ao lado da valente equipe espanhola.
Karun Chandhok nem chegou a vestir seu macacão hoje. É necessário dar tempo ao tempo para que a equipe se desenvolva e possa competir de igual pra igual ao menos com as suas concorrentes mais novas.
E Bruno Senna, que até música já ganhou da Globo, tem que ter mais paciência e perseverança do que nunca para aguentar a infinidade de problemas que estão por vir.
Ao completar sua 17ª e última volta, a porca da sua roda traseira esquerda já saiu voando e ele tomou um pequeno susto.
Que essa porca não seja a tempestade no copo d´água das novas equipes.
sexta-feira, 12 de março de 2010
GP do Bahrein: a polêmica dos 107%
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3 comentários:
Acredito que o menor dos problemas da Hispania é a porca da roda... Nunca achei apropriada a regra dos 107% na Fórmula 1. Ela foi instituída ao mesmo tempo em que a FIA limitou a inscrição de equipes de Fórmula 1 a 12, em 1996, e elevou a taxa de inscrição a índices astronômicos. Na minha opinião, o maior erro que a Fórmula 1 cometeu nos últims 15 anos. Sob o pretexto de 'elevar a qualidade', fizeram uma limpeza no grid para tentar aumentar os lucros da categoria, e agora estão pagando por isso.
A regra como disse o Daniel é meio besta, mas precisamos ver que o carro da HRT não é confiavel, a unica coisa que se sabe dele até agora é que se arrasta.
Ola, muito bom seu blog da uma olhadinha no meu tb www.gpexpert.blogspot.com quem sabe naum fazemos uma troca de banners ou algo parecido, quando ao treino eu esperava mais da equipe do Senna, mas só amanhã que vai dar para sentir realmente como vai ser 2010
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