Primeiro ato: campeão, recordista, a lenda das pistas.
Segundo ato: aposentado, milionário, o ex-esportista famoso com hobbies exóticos e doloridos (motociclismo), para não dizer fatais.
Terceiro ato: a volta, o sonho, a especulação, a coragem, a inconsequência.
Quarto ato: a dura realidade. Um homem não pode lutar contra a natureza.
Sim, porque poderia ter sido jogada de marketing, poderia ter sido um alento para a Ferrari, poderia ter sido muitas coisas.
Mas Schumacher é humano como qualquer outro e, como tal, não pode ir contra as leis que regem suas vidas.
O fato é que Michael Schumacher queria muito voltar, mas não deu conta. Foi contra todo o senso de discrição, se achou mais capaz fisicamente do que era.
O lamento do campeão é indicativo de que ele realmente acreditou que poderia voltar, correr, viver tudo aquilo que fez dele o que ele é.
Mas não deu.
A atual temporada da F1 vai entrar para os anais do esporte como mais uma daquelas, como 1984, 1989, 1994, 2002, entre outras, em que os fãs sempre pensarão: "o que teria acontecido se..."
Valeu o sonho! Foi de graça e não doeu.
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2 comentários:
Tens razão, caro Daniel: "foi de graça e não doeu". Mas já esperava desde a sexta-feira por um desfecho assim. Já se falava nos bastidores que ele sentia dores no pescoço devido ao acidente de mota que teve em Fevereiro. Pensava que o anuncio seria na semana que vêm, mas anteciparam a coisa.
E agora, porquê Badoer e não Gené, por exemplo? Agora passaram para a "italianização da estrutura", protagonizado pelo Montezemolo e o Stefano Domenicalli. Como Badoer é o primeiro piloto de testes, deram a recompensa a ele, que não corre em termos competitivos desde... 1999. E vai ser o primeiro italiano em 15 anos a andar nos carros da Scuderia. Espero que consiga os seus primeiros pontos!
Eu, particularmente, incluiria no segundo ato as roupas... Já que a cenografia, muito mais do que o roteiro, é o que mais salta aos olhos nesta parte da 'peça'.
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